Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mello, Caio Sarack de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-30052019-120543/
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Resumo: |
A partir dos rastros de leitura do escritor Ernesto Sábato, este trabalho tem a intenção de produzir uma imagem mais nítida da experiência intelectual do autor argentino. Suas influências filosóficas (Sartre e Camus, mais especificamente) e literárias (Borges como figura paradigmática) formam o tecido mesclado de seus ensaios e ficções de modo que, à luz de suas apropriações, esperamos deixar algumas orientações para o leitor que queira achegar aos temas fulcrais de Sábato. Questões como existência e transcendência, alteridade e solidão tomam forma e corpo nas suas novelas e nos seus ensaios, e os enfrentamos em três passos: o embate estético com o conterrâneo Jorge Luis Borges, no primeiro capítulo; as aderências de Sábato à obra de Jean-Paul Sartre e Albert Camus e as distorções que faz delas, no segundo; e, finalmente, uma leitura cerrada da sua primeira novela O Túnel. O confronto entre Borges e Sábato visa a explorar os desafios destes escritores se colocarem na cena literária nacional e seu papel de relevância ou não no cânone, bem como o enfrentamento ético da produção artística, sua relação com a história sóciocultural nacional e até mesmo com os dilemas ideológicos que marcaram o breve século XX. Sartre e Camus surgem como parceiros de guerra; a filosofia existencial, que coloca o homem no centro de suas atividades e fundando sua convivência com outros tantos homens, é face de uma filosofia que, ao encontrar a particularidade da América Latina, reconhece novas tensões e Sábato atravessa de contradições as premissas dessa mesma filosofia. Ao fim, encontramo-nos num experimento de leitura: O Túnel, primeira publicação de ficção do argentino, aparece como objeto-modelo de um modo de fazer literatura que se estenderá por toda a vida literária e crítica do autor. Desta maneira, acreditamos ser possível expressar a rebelião estética (e política) do itinerário crítico de Sábato. |