Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Monique Amaral de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-20022024-212237/
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Resumo: |
Esta pesquisa se insere no campo da Sociolinguística e tem como enfoque a investigação de padrões sociolinguísticos na região do Extremo da Zona Sul da cidade de São Paulo e de suas relações com a construção de uma noção de diferença (simbólica e geográfica) por parte de moradores dessa região em relação às regiões mais centrais da cidade. Para tanto, são adotadas mais de uma estratégia metodológica, são elas: (1) a entrevista sociolinguística aos moldes propostos pelo Projeto SP2010 (Mendes & Oushiro, 2013), tendo como participantes moradores nascidos ou migrados para a região ainda na infância; (2) a pesquisa participativa etnográfica em saraus tradicionais da região, entendidos aqui como comunidades de práticas (Labov, 2006[1966]) , são eles o Sarau da Cooperifa, o Espaço Cultural I Love Laje e o Sarau do Binho, delimitados por sua importância para o movimento cultural da região e por sua abertura à presença da pesquisadora em suas atividades; (3) a análise qualitativa do discurso de três falantes icônicos membros das comunidades de práticas em situações comunicacionais registradas em vídeo e disponíveis online, os participantes são representantes escolhidos dos mesmos saraus em que houve incursão etnográfica da pesquisadora. Quanto à estratégia (1), observa-se as mesmas variáveis linguísticas estudadas por Oushiro (2015), isto é, /e/ nasal, /r/ em coda e as concordâncias nominal de número e verbal de primeira e terceira pessoa do plural; quanto à estratégia (2), interrompida em virtude da conjuntura sanitária do período 2020-2022, a incursão etnográfica visou a compreensão da relação entre práticas linguísticas e significados sociais localmente (Eckert, 2018) negociados. Sua contribuição termina por ser a de contextualização dos dados provenientes da estratégia (3), que consiste na análise de trechos de das falas de Binho e Suzi e a de Sérgio Vaz, entendidos como indivíduos icônicos. Suas falam foram analisadas, respectivamente, em dois momentos distintos de uma mesma uma situação comunicacional, para os dois primeiros, e em duas situações comunicacionais diferentes, no caso do terceiro, com vistas a verificar como as variáveis linguísticas (-r), CN, CV e determinados Marcadores Discursivos (como mano e tá ligado são combinadas na mobilização de significados sociais associados ao EZS. Os resultados das análises das duas amostras indicam que, embora a região não se caracterize como uma comunidade de fala distinta da paulistana, é possível identificar usos estilísticos de elementos reconhecidos como parte de um registo popular paulista por parte dos articulares culturais do sarau que potencialmente tipifiquem um falar da periferia |