Educação territorializada: vivências de professoras de Geografia do ensino básico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Caio César
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59142/tde-24052023-110110/
Resumo: A pesquisa situa-se na articulação da Psicologia Ambiental, Educação e Geografia Crítica, e tem como objetivo compreender como professores significam o desenvolvimento de práticas educativas territorializadas e os impactos desse modelo pedagógico na construção de sujeitos. A pesquisa fundamenta-se na perspectiva histórico-cultural de vertente vigotskiana, em diálogo com os conceitos de enraizamento, espaço, território e territorialidade. Entende que os processos educativos podem ser promovidos pelos espaços das cidades que, se tiverem esta intencionalidade, podem favorecer sentidos de apego ao lugar, através de uma Educação Territorializada. Para atingir seus objetivos, a pesquisa envolveu mapeamento de iniciativas educativas no território, bem como entrevistas e Percurso Virtual. A pesquisa contou com a participação de quatro professoras de Geografia, de Ensino Fundamental, Médio e da Educação de Jovens e Adultos, que participaram de entrevista semi-estruturada e da realização do Percurso Virtual, recurso que envolve a construção de trajetos pelos territórios de atuação dos professores e a consequente emergência de memórias e conteúdos emocionais relativos a eles. A análise de dados foi realizada de modo a dialogar o material empírico e com a teoria que embasa o estudo, buscando evidenciar o processo de construção de sentidos dos professores sobre sua prática pedagógica a partir de suas vivências e sua organização em torno de quatro categorias de sentido: a construção do sujeito-professor; as relações com os alunos; o encontro com a Educação Territorializada; as relações com a escola e com o território. Os principais resultados revelam o significado da realização de aulas de campo pelas professoras de Geografia como essenciais não apenas para a didática, mas também para a construção identitária do sujeito-professor e do sujeito-aluno; além disso destaca-se o fortalecimento do olhar crítico reflexivo para os alunos, o aprofundamento de relações da escola com a comunidade e a própria construção de um modelo educativo territorializado adaptado às possibilidades de cada escola e professor. Conclui-se que as professoras exploram a Educação Territorializada em suas aulas, ainda que não assim a denominem e que elas impactam a vida e o aprendizado tanto de professores, como alunos e comunidade.