Avaliação nutricional da fibra de mandioca em alimento extrusado para gatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Hudson, Cecilia Sartori Zarif
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-26092019-145026/
Resumo: A indústria de alimento para cães e gatos busca por formulações que contenham ingredientes de boa qualidade e que atendam as demandas nutricionais dos animais. As fibras dietéticas são importantes componentes nos alimentos dos animais e podem promover a saúde intestinal por meio da modificação da microbiota e de seus metabólitos de acordo com a sua capacidade de fermentação. A fibra de mandioca (FM) é um ingrediente ainda pouco explorado pela indústria de alimentos extrusados para cães e gatos e informações sobre a inclusão dessa fibra, seus efeitos na digestibilidade dos nutrientes, microbiota intestinal e características fecais ainda são pouco elucidados. Esse estudo teve por objetivo avaliar os efeitos de diferentes níveis de inclusão da FM em alimento extrusado para gatos sobre a digestibilidade aparente dos nutrientes, palatabilidade, microbiota, pH, teor de amônia, ácido siálico e escore fecal. Seis alimentos extrusados foram produzidos compondo os tratamentos: dieta controle sem adição de fonte de fibra (CON); três dietas com inclusões crescentes de FM (4; 8 e 12% de matéria seca resultando em dietas com 5,5; 6,5 e 7,5% de fibra dietética total [FDT], respectivamente); dieta com 6% de polpa de beterraba (PO) e dieta com 4% de celulose (CEL). As quantidades da polpa de beterraba e celulose adicionados a dieta foram correspondentes para atingir a mesma quantidade de FDT da dieta com 12% de FM (aproximadamente 7,5% de FDT). O estudo foi conduzido em um delineamento em blocos casualizados no tempo, com três blocos de 12 animais cada e seis repetições por tratamento. Os resultados foram comparados pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade e análise de regressão polinomial foi realizada para avaliar os efeitos de inclusão crescente da FM. Foi observado diferença entre os tratamentos para o coeficiente de digestibilidade para matéria orgânica (MO), fibra bruta (FB), extrativo não nitrogenado (ENN) e energia metabolizável (EM) (p<0,05). Não houve diferença das características fecais exceto para a MS fecal (p=0,02). A microbiota fecal diferiu entre as dietas onde observou-se maior abundância dos gêneros Bifidobacterium, Blautia e Peptoclostridium nos grupos FM 12%, PO e CON e menor gênero de Helicobacter em todos os grupos quando comparado ao CON. A FM de mandioca foi a última escolha no teste de palatabilidade. O estudo mostra que a inclusão de FM no alimento extrusado de gatos pode ser utilizado em até 12% na matéria seca como uma fonte de fibra sem que prejudique a digestibilidade dos nutrientes e as características fecais.