Crises financeiras: efeito contágio ou interdependência entre os países? Evidências utilizando uma abordagem multivariada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vidal, Tatiana Ladeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-26102011-190452/
Resumo: As turbulências causadas internacionalmente por crises financeiras levam estudiosos a análises dos impactos destas, ganhando destaque os conceitos de efeito contágio e interdependência. Efeito contágio pode ser entendido como uma quebra na estrutura de transmissão de choques previamente existente entre os países. Caso os choques transmitidos não sejam intensos o suficiente para promover esta mudança na interrelação entre as economias, diz-se que o cenário de interdependência foi mantido. O objetivo deste trabalho é, a partir das metodologias sugeridas por Forbes e Rigobon (2002) e Corsetti, Pericoli e Sbracia (2005), verificar indícios de efeito contágio entre quinze economias em oito episódios de crises financeiras. Os dois trabalhos propõem alternativas de ajustes nos coeficientes de correlação entre os países, os quais são utilizados como Proxy para a interrelação entre as economias, no intuito de corrigir problemas de heterocedasticidade nos dados que levariam a vieses indesejados nos resultados. Conclui-se que o modelo de Corsetti, Pericoli e Sbracia (2005), como esperado, apresentou-se mais eficiente em encontrar indícios de efeito contágio, uma vez que abrange variações nas componentes dos retornos não consideradas pelo modelo de Forbes e Rigobon (2002). Os resultados, corroborados por testes de robustez, indicam a crise asiática de 1997 como a mais contagiosa, seguida pelo ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, crise brasileira de 1999, bolha da internet de 2000 e crise do Subprime. Os outros episódios não apresentaram indícios de contágio o que indica choques restritos ao país de origem da crise.