Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Marins, Silvia Sanches |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-28032011-110221/
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Resumo: |
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o excesso de peso (sobrepeso e obesidade) como epidemia, uma vez que é um dos dez principais problemas de saúde atuais. Sua etiologia é multifatorial: genética, endócrina, metabólica, comportamental e ambiental. Tendo em vista estes fatores e os primeiros cinco anos de vida, cruciais para o desenvolvimento de hábitos saudáveis, é necessário conhecer o ambiente, bem como as influências a que a criança está exposta. Assim, este estudo teve como objetivo identificar, conhecer e analisar percepções e crenças de pais e educadores de pré-escolares acerca de sobrepeso e obesidade infantil. Trata-se de estudo qualitativo exploratório, realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro educadores, cinco mães e um pai de crianças de duas pré-escolas, uma pública e outra privada, localizadas em São Bernardo do Campo (SP). As entrevistas foram realizadas entre maio e dezembro de 2008. Para a análise dos dados foi utilizada a Análise Temática de Conteúdo de Bardin e o referencial da Bioecologia do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner. Este propõe um sistema composto por vários níveis: micro, meso, exo e macro, além da própria criança, um sistema por si só, os quais se articulam de modo que os mais amplos vão sucessivamente englobando os menores, em um sistema de círculos concêntricos. O microssistema é o mais próximo da criança e abarca o local no qual faz as refeições, as interações com adultos e pares, as práticas e estratégias utilizadas durante os momentos de alimentação e atividade física. O mesossistema, por sua vez, consiste na interação entre os microambientes, nos quais a criança participa ativamente (família e pré-escola). O exossistema é composto da família extensa, da comunidade, da mídia, do trabalho parental, bem como pela forma de organização dos ambientes urbanos (disponibilidade de alimentos e ambientes públicos de lazer). Afeta a criança intensamente, tanto na alimentação quanto nas oportunidades para brincar e praticar atividades físicas ao ar livre. O macrossistema é constituído por práticas culturais ligadas à alimentação, influência do pertencimento social e econômico, influência do clima e da política governamental. Os entrevistados têm maior clareza acerca da influência dos componentes mais concretos de seu cotidiano. Assim, conseguem perceber, por exemplo, a influência das práticas familiares e da pré-escola, mas tem dificuldade para perceber que falta uma política de segurança que possibilite o uso dos poucos locais públicos de lazer e atividade física. Conclui-se, assim, que as crianças pré-escolares deste estudo estão expostas a muitas influências negativas nos diversos sistemas, o que pode prejudicá-las quanto à aquisição de bons hábitos alimentares e de atividade física, prejudicando-as consequentemente quanto à manutenção de um peso corporal saudável. A temática estudada tem implicações para a profissão de enfermagem em termos de assistência direta, ensino e pesquisa. Propõe-se a continuidade das pesquisas, especialmente levando-se em conta a influência de fatores relacionados ao macrossistema, que geralmente são pouco considerados na gênese do excesso de peso, mas que se revelaram importantes de acordo com os depoimentos estudados. |