\"Mutualistas, graças a Deus\": identidade de cor, tradições e transformações do mutualismo popular na Bahia do século XIX (1831-1869)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leite, Douglas Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-25102017-161752/
Resumo: No amplo domínio da discussão historiográfica que cobre o tema da população livre de cor ou dos pobres livres, o trabalho se propõe a discutir a inserção social de indivíduos oriundos de setores populares na primeira metade do século XIX na Bahia, debruçando-se especialmente sobre a experiência de homens e mulheres de cor preta, livres ou libertos, nascidos na América, responsáveis por fundar e transformar experiências de mutualismo popular na Bahia do século XIX. A investigação se concentra nas conexões entre as tradições religiosa e secular da ajuda mútua popular promovida por negros no Brasil, por meio da ênfase no estudo das decisões e dos modelos institucionais adotados por integrantes de uma irmandade de pretos fundada em 1832 e de uma sociedade mutual de cor (1851). Saída de uma dissidência entre os irmãos, a Sociedade Protetora dos Desvalidos foi, até onde se sabe, a única mutual autorizada a funcionar oficialmente como uma sociedade de cor, num período de não reconhecimento, e de repressão, da identidade racial de pretos pelo Estado brasileiro.