Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fortes, Olívia Bueno Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-09122019-160548/
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Resumo: |
A presente pesquisa propõe uma investigação da Base Nacional Comum Curricular a partir do contexto de internacionalização educacional, de ideais neoliberais em evidência e do ressurgimento de argumentos conservadores, movimentos que marcam a educação contemporânea. Além disso, tentamos analisar como os professores licenciandos em língua inglesa lêem este documento, observando como constroem significados e aprofundando nossa própria leitura da BNCC a partir do trabalho de campo. Trata-se de uma pesquisa qualitativo-interpretativa de natureza etnográfica que se baseou em dados coletados em uma universidadepúblicadacapitalpaulista,noprimeirosemestrede2018. Ao analisar um documento como a Base Nacional Comum Curricular, mais do que apenas o estudo do texto em si, foi necessário que a pesquisa se detivesse no contexto de produção do documento, notando os atores políticos que hoje têm uma influência maciça em decisões no âmbito da educação, nos valores que foram negociados e que transparecem no texto, e nas tensões e contradições que vêm à tona quando valores conflitantes são forçados a se conciliarem em um único documento. Destes valores, destacamos o papel da lógica neoliberal voltada para o currículo e a educação guiada pelo mercado de trabalho. Diante de um mercado com cada vez menos barreiras, exige-se que a escola crie sujeitos aptos a competirglobalmente, aseadaptaraexigências queestão emconstantemudança, queestejam sempre motivados a aprender novas técnicas, condutas, competências (Laval, 2004), demandasque,nósargumentamos,moveramaproduçãodaBNCC. O trabalho de campo trouxe à tona quão difícil é a leitura crítica de textos que, como a BNCC, se apropriam de uma linguagem democrática para fazer propostas que são neoliberais na prática. Essa dificuldade, no entanto, evidencia a importância de ler criticamente e de repolitizar essas e outras políticas educacionais atuais, para que possamos construir uma resistênciaqueestejaàalturadasameaçasqueaeducaçãodemocráticaenfrentahoje. |