Descrição de um comportamento hidrológico não usual de uma lagoa na Formação Rio Claro, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Terada, Rafael Kenji
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44138/tde-04052016-082924/
Resumo: Corpos de águas superficiais são conectados às águas subterrâneas, mas nem sempre a direção de fluxo é a esperada, o que pode comprometer o entendimento da hidrologia local. O objetivo deste trabalho foi construir um modelo conceitual de circulação das águas subterrâneas em uma porção do aquífero Rio Claro, em área onde o uso do solo é predominantemente agrícola, com uso de ferramentas hidrogeológicas, hidrogeoquímicas, geofísicas e de hidrologia isotópica, a fim de entender o papel de uma lagoa rasa, que é uma feição comum à Formação Cenozóica Rio Claro. Foram perfurados 7 poços na área de cana-de-açúcar, 21 poços na área de eucalipto e 7 no entorno da área lagoa, inclusive na área adjacente da lagoa, que passaram a ser monitorados de novembro de 2011 à dezembro de 2013. A recarga para a região foi calculada por três métodos para o ano de 2012, resultando em valores elevados: a)variação de nível de água (576 mm/a), cálculo de balanço hídrico do solo (520 mm/a) e aproximação Darcyniana (590 mm/a). Os isótopos estáveis de hidrogênio e oxigênio auxiliaram na interpretação da dinâmica do fluxo local, corroborando com os mapas potenciométricos, mostrando claramente que as águas do aquífero ficavam com uma assinatura mais negativa à medida que os poços se afastavam da lagoa, sugerindo um modelo de mescla simples, sendo as águas da chuva e da lagoa os end members. As águas subterrâneas possuem baixa salinidade (27µS/cm), pH ligeiramente abaixo de 7, e composição bicarbonatada cálcica e, algumas vezes magnesianas. Entretanto, notou-se a formação de diferentes grupos hidroquímicos segundo a ocupação do terreno, sendo aquele associado à cana-deaçúcar o que apresentou as maiores concentrações de nitrato (até 272,64 mg / L \'NO IND.3\'\'POT.-\') e cálcio (até 24,37 mg / L \'Ca POT.2+\').