Cada tempo no seu tempo : um estudo da trajetória dos saberes e fazeres artesanais de Ubatuba-SP

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Puelles, Alejandra Carolina Labarca
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: artesanato; coastal communities; comunidades litorâneas; cultural policy; environment; handicraft; meio ambiente; política cultural; Ubatuba
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-18092024-144507/

A produção artesanal das comunidades tradicionais do município de Ubatuba, litoral norte do estado de São Paulo, vem passando por constantes transformações. Desde mudanças de técnicas, materiais, até cores, texturas e, principalmente, aplicações diferentes do habitual. Isso se deve ao fato de que leis ambientais foram criadas visando à preservação, ao passo que impossibilitam a manifestação de suas identidades. As funcionalidades destes objetos também se modificaram. São expressões artesanais que prevalecem por muitos anos e que agora ganharam um novo olhar, significado e importância, aspirando um processo econômico e aceitação. Esta pesquisa teve por objetivo descobrir os aspectos do processo criativo que as comunidades vêm passando ao revitalizar esses saberes e fazeres intergeracionais; apresentar suas causas; e encontrar como o posicionamento de suas manualidades pode afetar a identidade, o território e a manutenção dessas comunidades. Para auxiliar na pesquisa, foram identificadas lacunas e iniciativas potenciais de melhoria e continuidade, incluindo relatos de agentes das comunidades tradicionais e a integração das práticas artesanais ao turismo local. O presente trabalho destacou a relevância de políticas públicas eficazes para valorizar o trabalho dos artesãos, promovendo sua inclusão econômica e social e preservando essas manifestações culturais, mediante uma investigação qualitativa descritiva-observacional, através de visitas, conversas assistemáticas e entrevistas com alguns artesãos desses grupos, acompanhando o processo de feitura desses artefatos. Foram ainda analisados dados quantitativos, adquiridos por meio do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB) e dados de projetos culturais. Também foram levantados dados primários, como visitas ao acervo da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (FundArt), bibliografia especializada, legislação e políticas culturais acerca do tema, além de dados secundários, por meio de bases científicas, artigos, teses e dissertações que trabalham o tema em questão.