Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Zinn, Gabriela Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-11052015-154630/
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Resumo: |
A construção da educação permanente em saúde ultrapassa a existência de uma política de indução, pois essa prática educativa é parte constitutiva do trabalho em todas as dimensões que o compõe: a política, a organização e o cuidado. Ela ocorre no campo da micropolítica do encontro e, por isso, no campo das relações do trabalho vivo em ato. Objetivos: conhecer o processo de educação permanente em saúde no município de Sorocaba, na perspectiva dos profissionais; construir um plano de ações para avaliação de necessidades educativas, na lógica da educação permanente em saúde e planejar uma intervenção educativa, a partir da avaliação de necessidades. Metodologia: Adotamos a pesquisa-ação, considerada uma pesquisa social de cunho qualitativo e por sua coerência com os pressupostos da educação permanente em saúde. A primeira etapa do estudo contemplou 17 entrevistas, pautadas em questões norteadoras, com sete gestores e dez profissionais de saúde, incluindo médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, que atuam nos serviços de saúde do município; os relatos foram submetidos à analise de discurso do sujeito coletivo. A segunda etapa foi desenvolvida a partir de cinco encontros de grupo focal que tiveram a participação de seis técnicos de enfermagem e cinco enfermeiros que atuam na atenção primária à saúde do município. Resultados: Os principais resultados apontam que a percepção de educação permanente em saúde diverge entre os gestores e os trabalhadores; o movimento de educação permanente está acontecendo no município, embora, sem a legitimação necessária para o seu reconhecimento, entretanto, o cenário atual favorece a sua ampliação. Existem desafios para consecução da educação permanente, tais como a necessidade de superar a coexistência de paradigmas educativos contraditórios e de mobilizar potências nas pessoas envolvidas. O plano de ações para avaliação de necessidades educativas foi construído com base na experiência vivida no grupo focal e ancorado nas bases teóricas da educação permanente e obteve avaliação inicial favorável. O planejamento da ação educativa, elaborado pelos integrantes do grupo focal, apresentou como tema a Comunicação prejudicada no ambiente de trabalho, selecionado como prioridade dentre as necessidades. Esta ação envolve gestores, trabalhadores e usuários e consiste em estratégias de baixo custo, aplicáveis em diversos cenários e pautadas em ações simples e potencialmente capazes de qualificar as relações no cotidiano de trabalho. Considerações Finais: A educação permanente é uma prática possível no campo estudado, visto que seus princípios e objetivos têm acontecido de maneira informal e porque encontra, na atual organização administrativa, espaço formal de reconhecimento. Para concretizar esta prática, é preciso, daqui para frente, superar a contradição dos paradigmas coexistentes e avançar nos movimentos de sensibilização para valorização e legitimação do espaço do trabalho como um espaço de educação. O tema Comunicação, escolhido para a ação educativa, é significativo em um cenário de construção de educação dialógica. Este trabalho terá continuidade com a realização da ação ora proposta |