Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Caldeira, Priscilla Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-02092024-113624/
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Resumo: |
Introdução: Sabe-se que a maioria das aneuploidias tem origem meiótica e que sua frequência aumenta com o avançar da idade da mulher. Além da idade materna, outras causas que determinam as anormalidades cromossômicas não são totalmente conhecidas. Há estudos que tentaram encontrar fatores envolvidos nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV) que poderiam estar relacionados com maiores taxas de aneuploidia nos embriões gerados. A progesterona (P4) desempenha um papel fundamental no processo reprodutivo e seus níveis elevados ocorrem em até 46% dos ciclos de FIV, o que poderia influenciar a ploidia embrionária. Objetivo: Avaliar se elevados níveis séricos de progesterona no dia do trigger têm influência na ploidia embrionária e na qualidade dos blastocistos gerados com óvulos doados, em ciclos nos quais a idade materna foi excluída da análise. Métodos: Estudo coorte retrospectivo, realizado entre abril de 2013 e fevereiro de 2019, que analisou dados de todos os ciclos de Injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) com óvulos doados congelados em que foi realizada biopsia embrionária no estágio de blastocisto (PGT-A). A amostra foi estratificada de acordo com os níveis de progesterona no dia do trigger: grupo A - níveis de P4 <1,5 ng/ml; grupo B - níveis de P4 1,5 ng/ml. Os embriões euploides foram os únicos transferidos para as receptoras. O desfecho primário analisado foi a taxa de blastocistos euploides e aneuploides. Os desfechos secundários foram número de blastocistos formados, embriões top quality, número de blastocistos euploides e aneuploides e taxa de gestação clínica. Resultados: Foram analisados 259 ciclos com óvulos doados em que foi realizado o PGT-A. O Grupo A incluiu 75 ciclos (57 doadoras; 69 receptoras) e o Grupo B 184 ciclos (115 doadoras; 163 receptoras). O número de blastocistos (3,60±1,52 vs 3,68±1,52, p=0,667), embriões top quality (2,27±1,59 vs 2,28±1,43, p=0,802), embriões euploides (1,92±1,25 vs 1,92±1,13, p=0,954) e embriões aneuploides (1,23±1,01 vs 1,14±0,94, p=0,593) não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. A taxa de embriões euploides (0,31±0,20 vs 0,30±0,18, p=0,626) e a taxa de aneuploidia (0,21±0,19 vs 0,18±0,15, p=0,436) não apresentaram diferença significativa nos grupos. Também não houve diferença significativa com relação à taxa de gestação clínica (0,73 vs 0,82, p= 0,476). Conclusão: Os níveis elevados de progesterona sérica no dia do trigger não afetaram a ploidia embrionária nem a qualidade dos blastocistos formados em ciclos com óvulos doados congelados |