Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Eckschmidt, Frederico |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-04022016-102843/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO O consumo de álcool combinado com bebidas energéticas (AmED) tem se mostrado associado tanto a um padrão pesado de ingestão de bebidas alcoólicas, quanto a comportamentos de risco no trânsito (CRTs) entre jovens adultos. Devido ao grave impacto causado pelas incapacidades e mortes no trânsito serem decorrentes de comportamentos previsíveis e em grande parte evitáveis, o presente estudo procura investigar a influência do consumo de AmED sobre os comportamentos de risco no trânsito entre os motoristas de caminhão. MÉTODOS Dados de uma amostra de profissionais que trafegavam pelas rodovias do Estado de São Paulo entre junho de 2012 e setembro de 2013 (N=535) foram separados em três grupos: (a) os que afirmaram ingerir AmED (n=90), (b) que relataram consumir apenas bebidas alcoólicas (n=326) e (c) o restante da amostra (n=445). Análises bivariadas foram realizadas com os relatos positivos nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa. O nível de significância foi estipulado para um alfa de 5% e, posteriormente, a analise múltipla utilizou a regressão logística. RESULTADOS Comparando os condutores que ingeriram AmED com os que consumiram apenas bebidas alcoólicas, os primeiros tiveram mais chances de possuir idades entre 20 e 24 anos (OR=3,3), de trabalhar como profissional a menos de 5 anos (OR=2,5), apresentaram maiores riscos de dirigir sem cinto de segurança (OR=2,2), em alta velocidade (OR=1,9), ter brigado ou discutido no trânsito (OR=2,1), ter consumido bebidas alcoólicas em um padrão pesado (OR=3,4), bebendo mais doses alcoólicas por ocasião (mediana 5 vs 2 doses, p < 0,008); em maior frequência (OR=1,9), bebendo mais frequentemente no padrão binge drinking (OR=2,3) e consumindo drogas ilícitas em maior frequência (OR=2,3), além de maiores chances de apresentar uma qualidade de sono ruim (OR=1,7). Comparados ao restante da amostra, observou-se que os motoristas de caminhão que ingeriram AmED apresentaram maior risco de dirigir sem cinto de segurança (OR=2,2), em alta velocidade (OR=1,9), alcoolizado (OR=2,6), de brigar ou discutir no trânsito (OR=2,0), apresentaram maiores chances de ingerir mais doses alcoólicas por ocasião (medianas 5 vs 2 doses, p < 0,001), beber mais frequentemente (OR=2,6), inclusive no padrão binge drinking (OR=2,1), também em maior frequência em binge drinking (OR=3,2), consumir álcool em um padrão pesado (OR=3,4) e usar drogas ilícitas (OR=2,6). A regressão logística ajustada por idade indicou que os motoristas que brigaram ou discutiram no trânsito (OR=2,2), que dirigiram sem cinto de segurança (OR=1,9) e que relataram o uso de drogas ilícitas nos últimos 12 meses (OR=2,0) tiveram maiores chances de ter ingerido AmED. CONCLUSÃO O estudo indica uma associação entre a ingestão conjunta de álcool com bebidas energéticas e maiores chances de apresentar CRTs. São necessários investimentos em pesquisas e ações preventivas voltadas para essa população |