Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Barboza, Andressa Cristina Coutinho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-16122010-152001/
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Resumo: |
Esta investigação tem o objetivo de compreender como as posições discursivas assumidas pelo adulto podem influenciar a produção textual infantil. Mais especificamente, procura identificar e compreender: a) como as posições discursivas assumidas pelo adulto podem favorecer ou obstaculizar a produção infantil; b) como a criança dá mostras de sua singularidade quando posta em um laço social que visa à reprodução do saber. Nossa tese é a de que, na relação da criança com a linguagem, o adulto tem seu papel de promotor bem delimitado, na medida em que opta pela adoção de um laço discursivo que favorece a reprodução do saber e a monossemia; contudo, a narrativa infantil extrapola a reprodução do saber pelo uso singular e criativo da língua. Realizou-se um estudo interdisciplinar, que relaciona as áreas de Psicanálise, Aquisição de Linguagem e Linguística, com a finalidade de refletir, na Educação, sobre o papel do professor nas relações de ensino e aprendizado da Língua Portuguesa. Da Psicanálise, adotamos o conceito de registro simbólico, a noção sujeito como efeito de linguagem, a definição de lalangue, as operações fundantes do sujeito de alienação e separação e a concepção de discurso como laço social. Da Aquisição da Linguagem, a relevância do papel do adulto para a aquisição da língua pela criança pequena, as posições constitutivas do diálogo de especularidade, reciprocidade e complementaridade e a aquisição da habilidade de narrar; da Linguística, a noção de atividade epilinguística e as estratégias para elaboração de sentido no texto falado. Os dados analisados são transcrições de interações dialógicas, nas quais a pesquisadora solicitou que oito crianças de cinco anos realizassem a leitura e o reconto de histórias apenas ilustradas. Apesar da predominância do Discurso Universitário nos dados analisados, é possível perceber que a criança consegue manifestar sua singularidade a partir das escolhas linguísticas que faz durante a produção de sua narrativa e por meio a definição do lugar que assume em relação ao texto. |