Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Nali, Luiz Henrique da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-06092013-153011/
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Resumo: |
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune caracterizada por um processo neuroinflamatório com degeneração axonal progressiva. O medicamento Natalizumab (Biogen Idec, NC, USA) representa hoje um dos tratamentos mais promissores para EM. Entretanto, pacientes sob esse tratamento possuem maiores chances de desenvolver Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP), em decorrência de uma possível reativação do poliomavírus JC (VJC). Além do VJC, o poliomavírus BK (VBK) pode representar uma preocupação adicional para tais pacientes, uma vez que também apresenta capacidade de causar encefalopatias. Apesar do Natalizumab ser uma ótima ferramenta contra a EM, o fato de interagir de alguma maneira com os poliomavírus, em especial o VJC, impede que seja utilizado em larga escala. Dessa forma,o objetivo desse trabalho foi investigar os padrões de excreção e reativação dos VJC e VBK em pacientes com EM durante o tratamento com Natalizumab e comparar aos padrões observados em pacientes que se encontram sob outros tratamentos. Amostras seriadas de sangue e urina foram coletadas e submetidas a testes de biologia molecular para detecção do vírus e caracterização molecular. Foram analisados 97 pacientes em diferentes tempos de acompanhamento. Não foi observada presença de poliomavírus no sangue de nenhum dos indivíduos analisados. Entretanto, 36% excretavam poliomavírus na urina em pelo menos uma das coletas, sendo que 21,7% excretavam VJC, 9,3% excretavam VBK e 5,1% excretavam ambos os poliomavírus. Não foi observada diferença entre as taxas de excreção urinária de poliomavírus entre pacientes que tratavam com Natalizumab (38,9%) e pacientes que sob outros tratamentos (34,5%), sendo que para o Grupo Controle (GC); 21,3%, 8,2% e 4,9% excretavam VJC, VBK e ambos os vírus, respectivamente e para o grupo Grupo Natalizumab (GN) 22,2%, 11,1% e 5,6% excretavam VJC, VBK e ambos os vírus, respectivamente. As análises moleculares da Região Regulatória do VJC revelaram sequências de característica arquetípica. A reconstrução filogenética de sequências do gene VP1 do VJC revelou predominância do genótipo 3 e do genótipo 1 para o VBK. Não foi observada diferença estatística da carga viral do VJC e do VBK entre os dois grupos. Foi detectada uma mutação (E29G) na VP1 de uma paciente que apresentou alta carga viral do VJC. Do grupo GN, 14 apresentaram anticorpos para VJC, sendo que desses 58% apresentou excreção de VJC, 42% não apresentou excreção urinária, interessantemente uma paciente não apresentou anticorpos contra o VJC, mas apresentou excreção de VJC. Pode-se concluir principalmente que a detecção de anticorpos, concomitantemente com a investigação molecular do VJC poderá contribuir para uma melhor determinação da estratificação do risco de desenvolvimento de LEMP em indivíduos com EM sob tratamento com Natalizumab. |