Riscos de transmissão de SARS-CoV-2 em serviços de hemodiálise do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vinhole, Ana Rubia Guedes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5172/tde-06012022-144126/
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes portadores de doença renal crônica dialítica encontram-se sob risco de transmissão de SARS-CoV-2 tanto comunitária como nos serviços de assistência à saúde. Além do risco aumentado de infecção, já foi descrito que estes pacientes podem apresentar piores desfechos. Assim, estratégias de prevenção da transmissão de SARS-CoV-2 nessa população de alto risco são especialmente importantes. OBJETIVOS: Os objetivos desse estudo foram: avaliar a ocorrência de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 entre pacientes e profissionais de saúde dos serviços de diálise; avaliar a ocorrência e fatores relacionados a aglomerados de casos (clusters) nestes serviços. MÉTODOS: Estudo transversal incluindo todos os serviços de diálise do estado de São Paulo. Estes serviços responderam questionário eletrônico com questões referentes a ocorrência de COVID-19 entre pacientes e profissionais de saúde e as medidas de prevenção e de controle implementadas durante o período de março a julho de 2020. Foi realizada análise descritiva e foram comparadas as medidas de prevenção realizadas em serviços em que ocorreram clusters com os serviços em que não houve a ocorrência destes. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 61% (121/198 serviços de diálise). Foram identificados 1.093 (5%) casos de COVID-19 em 20.984 pacientes matriculados e em 56% dos serviços houve detecção de pelo menos um cluster. As estratégias de prevenção mais frequentemente implementadas foram a definição de área ou turno dedicados para caso suspeito/confirmado de COVID-19, triagem de sinais e sintomas sugestivos de pacientes e profissionais de saúde ao chegar no serviço de diálise, aumento da frequência de limpeza de rotina e procedimentos de desinfecção. Apenas 7% dos serviços de diálise suspeitaram de clusters de COVID-19. A única variável associada a ocorrência de clusters foi a realização de procedimentos que geram aerossol (OR: 4,74; IC 95%: 1,75-12,86). CONCLUSÃO: Este inquérito estadual demonstrou que a maioria dos serviços de diálise implementou medidas para prevenir a transmissão de SARS-CoV-2. No entanto, em mais da metade dos serviços, a ocorrência de clusters parece não ter sido detectada. A única variável associada a ocorrência de clusters foi realizar procedimentos que geram aerossol