Exportação concluída — 

Caracterização das florestas ribeirinhas do rio Formoso e Parque Nacional da Serra da Bodoquena/MS, quanto as espécies ocorrentes e histórico de perturbação, para fins de restauração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Baptista-Maria, Vivian Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-10032008-151852/
Resumo: Reconstruir um ecossistema florestal ribeirinho a partir de uma abordagem cientifica, implica em conhecer a diversidade florística, a complexidade dos fenômenos que se desenvolvem nestas formações, compreender os processos que levam a estruturação e manutenção destes ecossistemas no tempo e utilizar estas informações para a elaboração, implantação e condução de projetos de restauração. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo (i) identificar e caracterizar a composição florística das florestas estacionais deciduais e semideciduais associadas aos rios da bacia hidrográfica do Formoso - Bonito/MS, Perdido e Salobra ocorrentes no Parque Nacional da Serra da Bodoquena; (ii) caracterizar a degradação histórica e atual dos fragmentos florestais em estudo; (iii) ordenar e classificar a composição florística em grupos sucessionais e funcionais, visando determinar as correlações entre as formações florestais como base fundamental para definição diferenciada das ações de restauração e conservação. O levantamento florístico foi realizado mensalmente entre o período de outubro de 2004 a março de 2006, onde foram coletadas fanerógamas em fase reprodutiva, através do método de tempo de avaliação com um total de 576 horas. O levantamento florístico resultou em 56 famílias, 184 gêneros e 307 espécies. A família Fabaceae, representada por 51 espécies, foi a de maior riqueza. Do total das espécies, 68% apresentaram hábito arbóreo, 17% arbustos, 14% foram lianas e apenas 1% palmeiras. O método tempo de avaliação adotado, mostrou-se eficiente e de fácil aplicabilidade em locais de difícil acesso e locomoção pela floresta, permitindo um maior deslocamento para a amostragem dos indivíduos, contornando a distribuição espacial das espécies, e refletindo melhor a heterogeneidade ambiental característica das florestas ribeirinhas. Os espécimes foram classificados segundo o seu grupo ecológico, nas categorias pioneiras, secundária e clímax, e através dos grupos funcionais (preenchimento e diversidade). Na bacia hidrográfica do rio Formoso, obtivemos 28% das espécies pioneiras, 46% secundárias, 8% clímax e 18% não classificadas. Quanto ao grupo funcional, 56% das espécies são de preenchimento e 44% de diversidade. Para a bacia do Perdido, classificou-se 24% das espécies como pioneiras, 42% secundárias, 8% clímax e 26% não foram classificadas. O grupo funcional apresentou 54% espécies de preenchimento e 46% diversidade. Na bacia do Salobra obtivemos 31% de espécies pioneiras, 36% secundárias, 5% clímax e 28% não classificadas. A classificação quanto ao grupo funcional, foi de 59% preenchimento e 41% espécies de diversidade. O histórico de uso de cada um dos trechos caracterizados florísticamente foi obtido através dos processos de projetos de Manejo Florestal com pedido no IBAMA desde o ano 1986, onde foram registrados 10.900 ha com pedido de retirada seletiva de madeira. O estado de conservação atual dos trechos florestais amostrados foi classificado em: pouco degradada, degradada e muito degradada, através de indicadores ambientais. Os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o conhecimento da flora sul-mato-grossense e suas distribuições geográficas, reforçaram a necessidade de conservação destas matas ribeirinhas e forneceram subsídios para os planos de restauração das áreas degradadas do entorno da unidade de conservação e das áreas de proteção permanente (APP\'s) dos rios da Serra da Bodoquena.