Os serviços residenciais terapêuticos e o lugar da loucura na metrópole contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Argento, Darcio Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19052023-161523/
Resumo: Este trabalho tem como um dos seus principais objetivos investigar os mecanis-mos de produção social do espaço e suas relações com a loucura na metrópole contempo-rânea, tomando como referência os aportes teórico-metodológicos oriundos da geografia crítica na sua vertente marxista-lefevbriana. A diversidade de interpretações sobre o fe-nômeno da loucura, no contexto urbano, por muitas vezes deixou em suspensão os possí-veis nexos entre a questão espacial, as enfermidades mentais e as possibilidades de reabi-litação e reinserção sociais dentro do paradigma do tratamento comunitário, ou, então, foram considerados a partir de certa compreensão do espaço assumida pelas diversas áreas que compõem o campo da saúde, especificamente da saúde mental. Desta maneira, pre-tende-se analisar as possibilidades colocadas pela produção do espaço e seus determinan-tes na reabilitação e reinserção de pessoas com transtornos mentais graves, assim como estabelecer um diálogo com algumas trazidas pelo campo da saúde sobre esses desafios à luz das categorias lefebvrianas de espaço e cotidiano. O objeto escolhido para o desen-volvimento desta pesquisa são os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) da cidade de São Paulo, locais determinados pelo poder público exclusivamente como moradia com a função de promover a reinserção social e auxiliar na reabilitação psicossocial de pessoas egressas de longas internações em hospitais psiquiátricos e que perderam laços familiares e socio afetivos mais gerais (ou mesmo para aqueles indivíduos que mantiveram algum vínculo precário) fora das instituições hospitalares