Poluição atmosférica como fator de risco para o déficit cognitivo no Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto - ELSA Brasil 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Douglas Rene Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-05022021-131817/
Resumo: Introdução: Apesar do conhecimento sobre os efeitos deletérios dos poluentes atmosféricos na mortalidade e morbidade por problemas respiratórios e cardiovasculares, pouco se sabe sobre a relação entre esses poluentes e as doenças neurológicas. Recentemente, alguns estudos têm demonstrado uma possível associação entre exposição a poluentes atmosféricos de origem urbana e comprometimento cognitivo. Partindo desse contexto, nossa hipótese é investigar se existe associação entre a exposição aos poluentes atmosféricos e o desempenho cognitivo em pessoas expostas à poluição do ar na cidade de São Paulo. Objetivos: Investigamos os possíveis efeitos da exposição à poluição atmosférica sobre o desempenho cognitivo em participantes do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) na cidade de São Paulo. Metodologia: Analisamos informações sobre função cognitiva, por meio dos escores de três testes validados e padronizados para a população brasileira: o teste de palavras CERAD; o teste de fluência verbal; e o teste de trilhas. A avaliação da exposição aos poluentes atmosféricos foi feita indiretamente, utilizando-se a densidade de tráfego ponderada pela distância (DTPD) na residência, no trabalho e a combinada (residência/trabalho). Na análise, usamos modelos de regressão linear simples e ajustados para idade, sexo, etnia, escolaridade, tabagismo, depressão, uso de álcool, diabetes, LDL-colesterol, HDL-colesterol, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica e atividade física. Resultados: Entre os 5.061 participantes do ELSA-Brasil- São Paulo, foram incluídos 4.415 (média de idade = 51,4 ± 9,6 anos, 46% homens e 60% brancos). Nos modelos de regressão linear simples, os participantes do terceiro tercil de DTPD combinado (residência e trabalho) apresentaram melhor desempenho global, em memória e fluência verbal quando comparados aos participantes do primeiro tercil. Por outro lado, os participantes do terceiro tercil de DTPD apresentaram pior desempenho cognitivo no teste de trilha (TMT) quando comparados aos participantes do primeiro tercil (p < 0,0001). No entanto, a DTPD não foi associada ao desempenho cognitivo em modelos ajustados. Quando investigamos a associação do desempenho cognitivo com a DTPD perto do trabalho e da residência dos participantes separadamente, encontramos resultados semelhantes