Evolução dos marcadores sorológicos da hepatite B, AgHBs e AgHBe, em pacientes AgHBs positivos coinfectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Toscano, Ana Luiza de Castro Conde
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-09062015-124404/
Resumo: Introdução: A evolução dos marcadores sorológicos da hepatite B em pacientes com hepatite B crônica coinfectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem sido pouco documentada. Objetivos: O objetivo deste estudo foi descrever a evolução dos marcadores sorológicos AgHBe e AgHBs, com ênfase na avaliação da frequência de perda definitiva ou transitória desses marcadores, neste grupo de pacientes. Buscamos, também, comparar as variáveis clínicas e demográficas desses pacientes segundo a evolução desses marcadores sorológicos. Pacientes e métodos: A população de estudo foi composta por pacientes atendidos em um ambulatório de referência para atendimento a pacientes infectados pelo HIV em São Paulo, Brasil. Todos os pacientes selecionados eram portadores de HIV e de hepatite B crônica. Foram incluídos nesse estudo pacientes AgHBs positivos, com confirmação da presença desse marcador em, no mínimo, duas sorologias consecutivas, com intervalo mínimo de seis meses entre elas. Variáveis clínicas foram coletadas: idade, sexo, fator de exposição ao HIV/VHB, contagem de células T CD4+, carga viral do HIV, níveis de alaninoaminotransferase (ALT), uso de terapia antirretroviral, incluindo lamivudina, tenofovir ou outras drogas com ação anti-VHB. Resultados: Entre 2.242 pacientes HIV positivos encontrados, foram identificados 105 (4,68%) pacientes com hepatite B crônica. O tempo de seguimento variou de 06 meses a 20,5 anos e o número de coletas variou de 2 a 18 por paciente no período. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (97%) e 43,9% (46/105) tinha história de uma ou mais infecções oportunistas. Todos os pacientes tiveram terapia antirretroviral iniciada durante o seguimento. Entre os pacientes com hepatite B crônica, 58% (61/105) eram AgHBe positivos na primeira avaliação. Entre eles, 15% (16/105) apresentaram clareamento de AgHBs e 50% (8/16) dos que clarearam AgHBs apresentaram posterior reativação desse marcador durante a evolução clínica. Dentre os pacientes AgHBe positivos na primeira sorologia, 57% (35/61) apresentaram clareamento desse marcador, sendo que 28,5% (10/35) dos que clarearam AgHBe voltaram a apresentar este marcador durante a evolução clínica. Conclusão: Observamos uma significativa taxa de clareamento e posterior reativação dos marcadores AgHBs e AgHBe no grupo de pacientes avaliados. Estes resultados sugerem que o monitoramento frequente desses marcadores sorológicos deveria ser recomendado