Aids, drogas de abuso e o perfil epidemiológico da tuberculose no Município de ltajaí, Estado de Santa Catarina, 1983-1996

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Murai, Hogla Cardozo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13032020-141818/
Resumo: Objetivo: Estudar a tendência da tuberculose em Itajaí no período pré e pós surgimento da aids. caracterizando o uso de drogas de abuso e co-infecção pelo HIV como fatores de risco, capazes de modificar o perfil epidemiológico da tuberculose. Método: Estudo de coorte, constituída por 1463 pacientes com tuberculose, notificados de 1983 a 1986, período subdividido em pré e pós surgimento da aids. Os dados foram obtidos junto à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e à Secretaria Municipal de Saúde de ltajaí. Foram estudadas as variáveis sexo, faixa etária, forma clínica, resultados de exames auxiliares, vacinação, uso de drogas de abuso, co-infecção pelo HIV e tipo de saída do tratamento de tuberculose. Resultados: Verificou-se predominância de casos do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 49 anos e das formas pulmonares bacilíferas nos dois períodos. Após o surgimento da aids houve aumento da proporção de formas extrapulmonares, de não reatores à tuberculina, de óbitos por outras causas e de abandono do tratamento. No mesmo período, a taxa de curas diminuiu. O uso de drogas de abuso está associado ao abandono do tratamento (χ=18,33 p=0,0000185), RR 2.64 Ic 95%[1,37 - 2,07], RA 23,5% e RAP% 45.8%%. Conclusão: Verificou-se a influência da aids sobre o perfil epidemiológico da tuberculose, modificando-a em relação à idade, forma clínica, proporção de casos bacilíferos, de curas e de abandonos de tratamento. O uso de drogas de abuso foi o fator de maior risco para o abandono de tratamento, superando o etilismo e a co-infecção pelo HIV.