A inscrição da intimidade na Symphonie pour un homme seul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fenerich, Alexandre Sperandéo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-07032013-161950/
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de marcar uma viés de recepção sugerido por uma das obras mais representativas da musique concrète: a Symphonie pour un Homme Seul. Propõe delimitar, através da abordagem especificamente desta obra, a poética do uso da voz e dos sons corporais nesta prática musical que sofreu uma influência direta da criação dramática radiofônica por via do desvio do ambiente de criação do rádio para a música, efetuado por seu criador, Pierre Schaeffer. O viés da recepção levantado na obra e destacado pela pesquisa consiste em uma Escuta da Intimidade, conceito que se refere a um vetor de identificação na escuta trazido por via de traços sonoros deixados pelas manifestações do corpo e inscritos na obra. Este vetor pode se dar, seja por uma noção imaginária de proximidade entre a emissão virtual dos sons e o lugar da escuta, seja pela sugestão de uma intencionalidade no ouvinte que toma por seus os sons escutados, como se os tivesse emitido. Estes traços da intimidade são trazidos pela influência da poética radiofônica e são inscritos de forma contínua no seu suporte - a gravação sonora. A partir da análise das estratégias composicionais de um dos movimentos da obra, Erotica, e da comparação de seu original com uma versão realizada em performance, espera-se salientar as particularidades de sua inscrição sonora, as quais decorrem na escuta da intimidade que pontuamos aqui.