Hematopoese em serpentes Oxyrhopus guibei (Hoge & Romano, 1978) (Ophidia: Dipsadidae): caracterização morfológica, citoquímica e ultraestrutural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ozzetti, Priscila Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-29082013-095922/
Resumo: A hematopoese nas serpentes inicia-se durante a embriogênese e através dos processos de alterações da vida fetal. A primeira atividade eritropoética é extraembrionária, a partir de células mesodérmicas do saco vitelínico e durante o desenvolvimento embrionário torna-se intraembrionário. Em serpentes recém-nascidas e adultas, o principal foco hematopoético ocorre na medula óssea. O objetivo deste estudo foi caracterizar os diferentes estágios de maturação das células sanguíneas da serpente O. guibei, com base em estudos de microscopia, reações citoquímicas e aspectos ultraestruturais. Fragmentos de vértebras de serpentes recém-nascidas e adultas (n=11) foram coletados para obtenção da medula óssea que foi fixada em formol cálcio ou Bouin e processadas para histologia de rotina. Cortes histológicos, imprint de medula óssea e esfregaços sanguíneos foram corados com Rosenfeld, hematoxilina e eosina ou azul de metileno. As reações citoquímicas realizadas foram ácido periódico de Schiff (PAS), azul de toluidina (AT), Sudan Black B (SBB), benzidina peroxidase (PA) e fosfatase ácida (FA). Para a microscopia electrónica de transmissão (TEM), a medula óssea foi fixada em paraformaldeído a 4% + glutaraldeído 2%, em tampão Tyrode, pós fixados em tetróxido de ósmio a 1% e embebidos em resina Epon 812. A maior parte das células progenitoras de células sanguíneas foram identificadas em focos hematopoiéticos ativos na medula óssea de vértebras e costelas. As linhagens azurofílicas e linfoides foram morfologicamente similares aos de outros répteis. A linhagem granulocítica foi classificada como mieloblasto, promielócito, mielócito e granulócito maduro. Mielócitos podem ser diferenciados em basófilos com grânulos grandes, redondos e eletrondensidade homogênia ou heterófilos, com grânulos de tamanhos e formas variadas na análise MET. TB e PAS foram positivos nos grânulos imaturos e maduros basófilos. Por outro lado, heterófilos e azurófilos mostraram reação fortemente positiva para lípidos de SBB e BP. FA foi encontrado nos azurófilos em várias fases de maturação. As diferentes fases de eritrócitos foram classificadas como: proeritroblasto, eritroblasto basófilo, eritroblasto policromático, proeritrócitos e eritrócitos maduros. Os trombócitos apresentaram positivadade para PAS. As características dos trombócitos maduros e imaturos foram definidas através da TEM apresentando corpos densos, grânulos alfa, microtúbulos e sistema canalicular aberto. Concluindo, a medula óssea das costelas e vértebras é um importante foco hematopoético nas serpentes O. guibei recém-nascidas e adultas. Os aspectos morfológicos, citoquímicos e ultraestruturais são úteis para identificar e caracterizar os diferentes estágios de maturação das células sanguíneas