Validação do Teste de ativação de basófilos no diagnóstico de reações de hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroidais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Misumi, Denise Shimbo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-24062013-152145/
Resumo: Introdução: Atualmente, o diagnóstico das reações de hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) baseia-se na história relatada pelo paciente e, em determinados casos, é realizado o Teste de Provocação. Todavia, este teste pode expor os pacientes a riscos graves, inclusive anafilaxia. Em busca de ferramenta mais segura, tem-se estudado o Teste de Ativação de Basófilos (BAT). Trata-se de um teste in vitro, no qual é possível testar diversos estímulos em uma única amostra de sangue, avaliando a ativação dos basófilos (indicativo de reação de hipersensibilidade), através do aumento da expressão de moléculas na superfície desses leucócitos, como o CD63. Objetivo: Padronizar e validar o BAT para ácido acetilsalicílico (AAS), diclofenaco, dipirona e paracetamol em pacientes com hipersensibilidade a AINEs. Metodologia: Participaram 20 (testados com os quatro AINEs) + 33 (testados somente com AAS) pacientes atendidos no Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HCFMUSP, que apresentaram manifestações cutâneas em até 24 horas após exposição a um ou múltiplos AINEs, bem como 13 (quatro AINEs) + 26 (AAS) controles. A técnica consistiu em incubar sangue total com os AINEs já mencionados e, depois, marcar as amostras com anticorpos monoclonais (CD45, anti-IgE e CD63) para posterior leitura por citometria de fluxo. Os resultados obtidos foram comparados com as histórias clínicas e os testes de provocação oral, quando realizados. Resultados: Utilizando os critérios de positividade do BAT empregados na literatura (isto é, porcentagem de CD45+IgE+highCD63+ e índice de estimulação), a sensibilidade e a especificidade variaram de acordo com o AINE: para ácido acetilsalicílico foram 75,0% e 16,7%, respectivamente, diclofenaco, 100% e 0%, dipirona, 23,5% e 66,7%, paracetamol, 40,0% e 42,9%. Após a realização de curvas dose-resposta e tempo-resposta somente com AAS, foi encontrado novo critério de positividade: média de intensidade de fluorescência (MFI) menor do que 6575 representava BAT positivo; com isso, os valores de sensibilidade e especificidade foram: 84,4% e 34,6%, respectivamente. O BAT foi mais sensível em pacientes cuja última reação ocorreu há menos de um ano da data de execução do BAT (93,7%). Conclusão: Devido aos baixos valores de sensibilidade e/ou especificidade, não foi possível padronizar e, por conseguinte, validar o BAT para ácido acetilsalicílico, diclofenaco, dipirona e paracetamol.