Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Marcela de Sousa Honorio dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/16821
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Resumo: |
As reações de hipersensibilidade são um subgrupo de reações adversas a medicamentos que são caracterizadas por sinais e/ou sintomas como rubor, prurido, taquicardia, dispnéia, dor nas costas, febre, arrepios, erupção cutânea, hipóxia, convulsões, síncope e choque anafilático. Resultam da hipersensibilidade das células do organismo a uma substância estranha e são geralmente mediadas por IgE. Desse modo, os enfermeiros que administram quimioterapia devem estar sempre atualizados, conhecer as drogas envolvidas em reações de hipersensibilidade e suas manifestações clínicas precoces e clássicas, bem como o perfil dos pacientes, e as variáveis clínicas que podem interferir. Além disso, precisam estar aptos para avaliar a intensidade dos sinais e sintomas apresentados, conhecer a terapêutica empregada na prevenção e manejo dessas reações e apoiar o paciente, a fim de proporcionar uma assistência de Enfermagem baseada em evidências científicas, minimizando agravos e atrasos no tratamento do paciente. Objetivos: avaliar o perfil sócio demográfico e clínico dos pacientes, as evidências clínicas de reações de hipersensibilidade e sua relação de causalidade, e identificar quais foram as ações de Enfermagem no manejo dessas reações e construir um quadro de cuidados de Enfermagem ao paciente com reações de hipersensibilidade. Método: estudo transversal, prospectivo com abordagem quantitativa. Realizado no Centro de Quimioterapia adulto do Instituto Nacional de Câncer (INCA I). A análise estatística ocorreu através da análise descritiva de frequências, média, mediana, desvio padrão, coeficiente de variação. Para verificar a associação entre sintomas e sinais com variáveis qualitativas, foi usado o Teste quiquadrado ou, quando este se mostrou inconclusivo, e foi adequado, o Teste Exato de Fisher. Devido ao pequeno tamanho amostral dos subgrupos, a comparação das distribuições das variáveis foi feita pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: a amostra final dispôs de 35 pacientes que desenvolveram reações de hipersensibilidade durante a administração de quimioterápicos. Dentre eles, 21 eram do sexo masculino, tinham de 49 a 69 anos de idade (54,6%); apresentavam duas comorbidades ou agravantes (40,0%), tabagistas (65,7%), etílicos (54,3%) e apresentavam o escore KPS de 60 a 80 (97,1%). A principal modalidade de tratamento foi o paliativo e os principais quimioterápicos relacionados às reações foram o Docetaxel, Paclitaxel e Oxaliplatina. Os sintomas dermatológicos foram os mais frequentes, acometendo 71,4% dos pacientes, destacando-se erupção cutânea e o prurido. 91,4 % das reações foram classificadas como definidas de acordo com o Algoritmo de Naranjo. Não ocorreram óbitos e as ações de Enfermagem se mostraram fortemente alinhadas à Literatura. Conclusão: os enfermeiros que administram quimioterapia desempenham um papel fundamental na prevenção, detecção precoce e manejo clínico de reações de hipersensibilidade garantindo aos pacientes um cuidado rápido e eficaz baseado na prática baseada em evidências. Se faz de extrema relevância o reconhecimento do perfil dos pacientes e a notificação desses eventos adversos. Acredita-se que esse estudo possa contribuir para pesquisas futuras, como a construção de protocolos clínicos, nesse campo ainda tão inexplorado da oncologia |