Ecologia da pesca artesanal no médio rio Tocantins, Imperatriz (MA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Cetra, Mauricio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-15062006-144343/
Resumo: Neste trabalho é analisado um levantamento realizado em 1988 para se quantificar a produção pesqueira na região do médio rio Tocantins, a fim de avaliar a importância da atividade pesqueira para as populações locais. Visa compreender a forma de adaptação das técnicas utilizadas pelos pescadores às características ecológicas das espécies alvo das pescarias, considerando as mudanças ambientais ocorridas durante um ciclo hidrológico. Os peixes adaptaram suas estratégias de vida às variações sazonais, assim como, a comunidade de pescadores se adaptou a esta variabilidade espaço-temporal escolhendo estratégias de captura apropriadas. Os pescadores conseguiram uma seleção das espécies a partir de um conhecimento aprofundado do ambiente, dos organismos que nele habitam e da seletividade dos apetrechos aplicados. Os pescadores ficam obrigados a fornecer toda a sua produção aos primeiros atravessadores em troca do financiamento de gastos na manutenção dos barcos, compra de combustível, manutenção dos apetrechos, e fornecimento de gelo para conservação do pescado. Existe uma preferência em se capturar peixes de escama, como a curimatá Prochilodus nigricans e o jaraqui Semaprochilodus brama, apesar de terem um valor comercial inferior. Esta preferência é determinada pela grande abundância e aceitação no mercado local. Dados recentes de levantamento dos recursos pesqueiros feito pelo Ministério do Meio Ambiente na mesma região, forneceram informações importantes, as quais permitem concluir que alterações nas características físicas e biológicas do médio rio Tocantins, provocadas pela construção da barragem de Tucuruí, propiciaram ao mampará Hipophtalmus marginatus a conquista dos ambientes situados acima desta área. Durante a época de defeso, os Siluriformes passam a ser o alvo das pescarias, o que irá afetar negativamente a estrutura da comunidade de peixes do médio rio Tocantins. Através dos dados de captura por arrastão de praia em 1988, utilizando o número de lances como unidade de esforço, estimou-se a população de curimatá, existente no trecho que vai de Imperatriz (MA) até a zona de confluência entre os rios Araguaia e Tocantins, utilizando-se o método de depleção. Estimou-se uma população em torno de 200 t, com um intervalo variando de 174 t a 227 t