Determinação da temperatura retal e frequência respiratória de suínos em fase de creche por meio da temperatura da superfície corporal em câmara climática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mostaço, Gustavo Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-29052014-150905/
Resumo: A constante influência humana em atividades de manejo animal, além de aumentar os custos de produção, torna-se uma adicional fonte geradora de estresse sobre os animais. Nesse sentido, é necessária a busca pelo desenvolvimento de métodos alternativos de acompanhamento, à distância e em tempo real, das condições físicas dos animais, em conjunto com o controle das instalações. Para a identificação da condição de conforto ou estresse calórico dos animais, alguns indicativos podem vir a auxiliar, tais como a temperatura retal (TR), sendo esse um bom indicador da temperatura do núcleo corporal, bem como, a frequência respiratória (FR). Porém, com a crescente preocupação em relação ao bem-estar animal, vários questionamentos são feitos acerca de métodos invasivos, motivando a busca por alternativas à mensuração da TR. Surge então, como variável alternativa, a temperatura da superfície corporal, buscando-se correlacioná-la com a TR e FR. Sendo assim, com essa pesquisa objetivou-se identificar a região mais adequada da superfície corporal dos suínos, em fase de creche, que apresente a melhor correlação com a TR e FR. Para tal, foi conduzido um experimento, dividido em duas etapas: etapa 1) pré-experimento, sendo conduzido com dois animais em câmara climática, variando-se as condições de temperatura e testando-se métodos de fixação de sensores e coleta de dados inicialmente propostos; e etapa 2) experimento principal. Este último foi conduzido em uma câmara climática, com cinco leitões da raça Landrace x Large White, com 30 dias de idade, provenientes de uma mesma ninhada e do mesmo sexo (fêmea). Variaram-se as condições de temperatura no interior da câmara climática de 14°C a 35,5°C, de modo a atingir situações de estresse tanto por frio quanto por calor, sendo calculada a entalpia para os propósitos do presente estudo. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado, com um único fator, a entalpia ambiente, com sete níveis (31,26; 39,56; 51,12; 59,24; 74,82; 82,96; 94,26 kJ.kg de ar seco-1). Foram realizadas medidas repetidas em intervalos de 30 minutos, em seis diferentes regiões corporais: cabeça (A), paleta (B), lombo (C), pernil (D), orelha (E) e timpânica (F). Para as regiões de A a E foram utilizados dois métodos de medida diferentes: datalogger de temperatura Thermochron iButton® - DS1921G e outro via termômetro de infravermelho Fluke® 566. Para a região F, utilizou-se um termômetro de infravermelho de testa e ouvido G-Tech - T1000. Todos com cinco repetições das medidas para cada variável, em cada situação ambiente. Com os resultados obtidos foi possível propor equações de regressão múltipla para a TR e FR, sendo esta última apontada pela análise de componentes principais como a melhor candidata a correlações com as temperaturas da superfície corporal e por ser um bom indicador da situação de estresse térmico. Por meio desses resultados foi possível observar que a região timpânica mostrou-se como a melhor opção para acompanhamento tanto da TR quanto da FR via termômetro de infravermelho (TiF), enquanto que ao utilizar sensores de temperatura da superfície corporal, a melhor opção foi a orelha (TbE) para predição de TR, e a região do lombo (TbC) para predição de FR.