A governança da inovação social corporativa em redes multiatores: estudo de caso da cadeia do guaraná na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ostroski, Yurik
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-18122023-185025/
Resumo: Uma maior integração entre os setores da economia em busca de soluções conjuntas para os desafios sistêmicos de nossa sociedade, em especial aqueles ligados às questões sociais e ambientais, exige novas estruturas e modelos de governança. À medida que cresce o número e a importância percebida da atuação em rede para solução de problemas complexos, aumenta também a necessidade de estudos práticos que abordem o processo de interação e de colaboração multiatores para inovação. Assim, através de uma metodologia qualitativa exploratória, utilizando como método o estudo de caso único, esta pesquisa adotou a lente das redes multiatores para inovação social e concentrou-se em analisar a orquestração de uma rede estabelecida no município de Maués-AM, coração da Amazônia, a qual surgiu com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população local e fortalecer, de forma sustentável, a cadeia de valor do guaraná, uma das culturas mais importantes da economia do município. Uma particularidade do caso, fundamental para sua escolha, foi o fato da rede ter sido idealizada por uma das empresas focais da cadeia de valor, fazendo com que a pesquisa assumisse a perspectiva da inovação social corporativa e permitisse a avaliação do protagonismo do setor privado no fomento às cadeias da sociobiodiversidade na Amazônia. Foi observado que a idealização e composição de uma rede multiatores para inovação social por parte da empresa focal se mostrou assertiva, pois permitiu a ela se conectar a diferentes elos da cadeia e endereçar, em maior ou menor grau, seus principais desafios. No entanto, alguns aspectos foram determinantes para os resultados obtidos pela rede ao longo de sua existência, entre eles: a criação coletiva de uma orientação estratégica e modo de atuação, a definição da estrutura e modelo de governança, incluindo a função de um orquestrador com neutralidade e legitimidade no território, além da adoção da dinâmica de orquestração na mobilização de múltiplos atores para além de suas fronteiras organizacionais, composta por três práticas centrais (conectar, facilitar e gerenciar) e o modo de orquestração híbrido, no qual as práticas oscilam entre os modos dominante e baseado no consenso à medida que a rede vai ganhando vida e evoluindo ao longo do tempo. Como resultado, foi elaborado um mapa de processo de originação e orquestração de redes multiatores para inovação social, buscando estimular empresas focais e orquestradores de tais redes a adotarem essa metodologia ao longo de seus trabalhos, tendo em mente suas principais etapas, práticas e modos de orquestração.