Revisão morfológica e molecular do gênero de medusas upside-down Cassiopea Péron & Lesueur, 1810 (Cnidaria: Scyphozoa: Rhizostomeae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mora, Edgar Gamero
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-15062020-103146/
Resumo: As medusas do gênero Cassiopea Péron & Lesueur, 1810 estão amplamente distribuídas em habitats marinhos e estuarinos, tropicais e subtropicais, rasos; são os únicos membros de Kolpophorae com representantes no Atlântico Ocidental e no Indo-Pacífico. O status atual da diversidade de Cassiopea é incerto e pode estar subestimado pela (1) presença de espécies crípticas, (2) baixa representatividade geográfica na amostragem de trabalhos anteriores, (3) falta de estudos sistemáticos comparados direcionados ao grupo. Compreender a sistemática do gênero Cassiopea tem se tornado uma prioridade uma vez que espécies deste táxon tem ganhando terreno como organismos modelo nos últimos anos. Assim, este projeto foi elaborado para realizar uma revisão sistemática do gênero Cassiopea (que permitiria uma melhor compreensão da evolução, biogeografia e ecologia do grupo) utilizando dados moleculares e morfológicos. O 2o. capítulo \"Hidden diversity and insights into the origin and biogeography of the upside-down jellyfishes (Cnidaria: Scyphozoa)\" foi baseado em dados moleculares, e nos permitiu detectar uma divisão no nó mais profundo da filogenia entre as linhagens Atlântica e Indo-Pacífica. Além disso, foi revelada uma diversidade oculta no Indo-Pacífico. No total, foram delimitadas 17 espécies, as quais estão diagnosticadas por caracteres moleculares. Os resultados foram discutidos no contexto da riqueza de espécies e das relações de parentesco do grupo, sendo possível elucidar aspetos sobre sua origem e biogeografia. No 3o. capítulo \"Revision of the upside-down jellyfish genus Cassiopea Péron & Lesueur, 1810 (Cnidaria: Scyphozoa)\" encontramos que caracteres morfológicos derivados da observação dos braços orais, apêndices orais, ropálios e óstios subgenitais são úteis para delimitar algumas espécies. No entanto, a morfologia nem sempre é suficiente para a elucidação e delimitação de espécies, sendo necessário o uso de outras fontes de informação em alguns casos. Nossos resultados indicam que das 11 espécies nominais de Cassiopea oito foram consideradas válidas: C. frondosa, C. andromeda, C. mertensi, C. ornata, C. picta, C. xamachana, C. ndrosia, C. maremetens; sendo designados neótipos para seis delas. C, vanderhorsti foi considerada sinônimo de C. xamachana. Cassiopea depressa foi considerada species inquirenda. Cassiopea medusa foi considerada nomen dubium. Duas espécies novas são propostas e descritas: C. apendicula [Localidade-tipo: Subic Bay, Luzon Island, Philippines] e C. ongaeli [Localidade-tipo: Ongael Lake, Palau, Oceania]. No 4o. capítulo \"Regenerative Capacity of the Upside-down Jellyfish Cassiopea xamachana\" usamos abordagens morfológicas e moleculares para identificar a espécie e discutir um processo que foi observado no tecido umbrelar que pode levar à formação de praticamente todas as estruturas corporais em C. xamachana