Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jéssica Urtado da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-06092023-125617/
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Resumo: |
Diversos estudos demonstram a participação da ocitocina em promover a interação social presente no comportamento materno, sexual e interpessoal, bem como sua influência sobre a modulação da dor, do medo e de processos cognitivos, como a atenção e a memória. Estudos histológicos mostraram a presença de receptores de ocitocina em diferentes áreas cerebrais, como a substância cinzenta periaquedutal, envolvida no controle descendente da dor, o hipocampo, envolvido nos mecanismos de memória e aprendizagem aversiva, e a amígdala, estrutura chave no processamento do medo. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da ocitocina inalatória sobre o medo, a percepção da dor e a memória aversiva em humanos, bem como a relação entre eles. O estudo foi realizado com 65 voluntárias do sexo feminino, saudáveis, que receberam ocitocina intranasal (40 UI) ou placebo. Seus efeitos sobre a dor foram investigados por meio do teste pressórico ao frio, sendo registrados o limiar de dor e a tolerância à dor. A intensidade da dor foi mensurada por meio da Escala Visual Analógica de dor (EVAd) e classificada pelo Questionário de dor McGill. O estudo de seu efeito sobre o medo se deu pelo Paradigma do Filme de Trauma, sendo a intensidade do medo mensurada por meio da EVA de medo, assim como foram aplicadas EVA para avaliar aversão, atenção e imersão no filme. A memória declarativa aversiva foi avaliada por meio de Questionário, em diferentes intervalos. As memórias aversivas instrusivas foram analisadas por meio de registros quantitativos e qualitativos, ao longo de 7 dias. A memória da dor também foi avaliada após sete dias, por meio da EVAd. Nossos resultados mostraram que a ocitocina aumentou o desagrado à dor, quando o estímulo doloroso ocorreu em um contexto aversivo, assim como aumentou a intensidade do medo, o que pode ter contribuído para um estado de humor negativo. Ainda, a ocitocina atenuou as memórias intrusivas de maneira a diminuir sua frequência e o sofrimento por elas causado. Tomados em conjunto, os resultados sugerem que a ocitocina intranasal pode modular a percepção subjetiva da dor, o medo e a memória aversiva em humanos, de acordo com o contexto em que os estímulos acontecem e sua relevância biopsicossocial. |