Avaliação antioxidante de 3,5-dimetil isoxazol, pirazóis e tiazóis utilizando o método ORAC (capacidade de absorção de radicais oxigênio)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Filipe André Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-27052011-111106/
Resumo: Os radicais livres são espécies químicas que reagem rapidamente com diversos compostos e alvos celulares, por possuírem tempo de meia vida muito curto e serem espécies altamente instáveis. A formação destes compostos constitui uma ação contínua e fisiológica, cumprindo funções biológicas essenciais as quais ocorrem pela perda ou adição de um único elétron a um composto não radicalar. Estas reações podem ocorrer em processos bioquímicos do sistema imune ou químicos, causando prejuízo às células através da destruição de componentes, como proteínas, lipídios, açúcares e nucleotídeos. Sabe-se que existem compostos que são efetivos contra tais espécies, prevenindo os danos provocados pelo estresse oxidativo. O objetivo deste trabalho foi estudar compostos heterocíclicos que possuam nitrogênio em sua estrutura (azóis), que figuram na literatura como moléculas exemplares de compostos de aplicação farmacológica de amplo espectro. Dentre estes compostos foram analisados os derivados de pirazóis (26 compostos), tiazóis (7 compostos) e 1 isoxazol (3,5-dimetilisoxazol). Estes 34 compostos foram avaliados pela metodologia ORAC (Capacidade de Absorção de Radicais Oxigênio) a fim de determinar e/ou de avaliar seu potencial antioxidante. A escolha do método ORAC se deu pelo fato das moléculas estudadas apresentarem características hidrofílicas e lipofílicas, além de ser um método validado pela literatura, disponível e de ampla aplicação. O método ORAC avalia a capacidade antioxidante da amostra, medindo sua habilidade de proteger a fluoresceína (FL) da oxidação pelo AAPH no meio reacional. O AAPH é um gerador de radicais livres que a 37°C retira hidrogênio do meio, promovendo a redução da fluorescência da fluoresceína em λ medido pelo tempo. Seis compostos apresentaram atividade antioxidante de boa à moderada: 3,5-dimetil-1H-pirazol (2.382 µmol eq.Trolox/g); 3-fenil-5-(4-fluorfenil)-1-tiocarbamoil-4,5-diidro-1H-pirazol (6.354 µmol eq.Trolox/g); 3-fenil-5-(2-metoxifenil)-1-tiocarbamoil-4,5-diidro-1H-pirazol (8.739 µmol eq.Trolox/g); 5-(2,4-diclorofenil)-3-fenil-1-tiocarbamoil-4,5-diidro-1H-pirazol (6.022,226 µmol eq.Trolox/g); 2-[5-(4-metoxifenil)-3-fenil-4,5-diidro-1H-pirazol-1-il]-4-feniltiazol (3.135 µmol eq.Trolox/g); e finalmente 2-[5-(3-nitrofenil)-3-fenil-4,5-diidro-1H-pirazol-1-il]-4-feniltiazol (2.700 µmol eq.Trolox/g). Os experimentos com o método ORAC para os azóis estudados apresentaram reprodutibilidade na execução experimental e demonstraram ser uma alternativa viável para estudos de moléculas sintéticas de potencial antioxidante.