Efeito da sinvastatina associada à terapia de fotobiomodulação na movimentação ortodôntica e na expressão de metaloproteases e inibidores em modelo animal

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Fernandes, Marcella Rodrigues Ueda
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Bone remodeling; Cholesterol; Colesterol; Laser de baixa potência; Low-level laser; Osteoclastogênese; Osteoclastogenesis; Remodelação óssea
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23155/tde-06122024-175629/

As estatinas são amplamente utilizadas no tratamento de hiperlipidemia para redução dos níveis de colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares. A administração de sinvastatina pode ser associada à supressão da osteoclastogênese e, consequentemente, à diminuição da movimentação dentária. Essa ação seria capaz de interferir na otimização do tratamento ortodôntico. Assim, sugere-se a irradiação com o laser de baixa potência para que seus efeitos fotobiomoduladores minimizem essa interferência durante a movimentação dentária. Dessa forma, 56 ratos machos do tipo Wistar foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: G1 sem movimentação ortodôntica e sem administração de sinvastatina (n=8); G2 movimentação ortodôntica associada a administração de sinvastatina 2,5 mg/kg (n=16); G3 movimentação ortodôntica associada a solução salina e fotobiomodulação com laser de baixa potência 808 nm 1J/ponto (n=16) e G4 movimentação ortodôntica associada a administração de sinvastatina 2,5 mg/kg e fotobiomodulação com laser de baixa potência 808 nm 1J/ponto (n=16). Nos grupos 2 e 4 a sinvastatina foi administrada nos grupos correspondentes por 14 dias consecutivos enquanto nos grupos 1 e 3 foi realizada administração de solução salina pelo mesmo período. Em seguida, foram instalados os mini implantes para início da mecânica de mesialização dos molares superiores durante 7 e 14 dias. A fotobiomodulação ocorreu imediatamente após o início da movimentação dentária e a cada 48h após esse período até o fim do experimento. Os animais foram eutanasiados após 7 e 14 dias do início da movimentação dentária. Foram realizadas medidas clínicas para comparação da quantidade de movimentação dentária, análise histológica para contagem de osteoclastos, microtomografia computadorizada para análise volumétrica e quantificação de MMP2 e TIMP1. Todas as análises estatísticas foram realizadas no programa R, com nível de significância de 5%. O grupo G2 apresentou menor quantidade de movimentação ortodôntica (em mm) que os grupos G3 e G4 (p<0,05). Independentemente do tempo, a relação BV/TV foi significativamente maior no grupo G4 (movimentação ortodôntica + sinvastatina + laser) do que nos grupos G1 e G2. No tempo de 14 dias, a quantidade de MMP2 foi maior no G4 do que em G1 e G2 e maior em G3 do que em G2. Já com 21 dias, a quantidade foi maior nos grupos G2 e G3 do que nos grupos G1 e G4, e foi menor no grupo G1 do que no grupo G4 (p<0,05). Não houve diferença significativa entre os grupos e os tempos quanto a contagem de osteoclastos nas áreas de compressão. Assim, os resultados do presente estudo evidenciaram que a sinvastatina reduziu a movimentação dentária se comparada aos grupos irradiados com laser.