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Vias centrais purinérgicas envolvidas na regulação do fluxo sangüíneo muscular durante os comportamentos de alerta e defesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Korim, Willian Seiji
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-06022007-175231/
Resumo: As reações de alerta e defesa compreendem ajustes cardiovasculares proporcionando um fluxo sangüíneo muscular adequado nas situações de \"luta ou fuga\". As vias centrais e os possíveis neurotransmissores envolvidos nestes ajustes permanecem ainda, em grande parte, desconhecidas. Neste estudo buscamos analisar a participação da neurotransmissão purinérgica e glutamatérgica no núcleo do trato solitário (NTS) na gênese da vasodilatação muscular durante reações de defesa e o papel das vias glutamatérgicas do NTS para o núcleo rostroventrolateral (RVL) nestas respostas. Ratos Wistar machos (250-350 g) foram anestesiados (uretana 600 mg/kg + alpha-chloralose 50 mg/kg, i.v.), paralisados (d-Tubocurarina, 0,5 mg/kg, i.v.) e ventilados artificialmente. Registramos a pressão arterial média (PAM), a freqüência cardíaca (FC) e o fluxo sangüíneo dos membros posteriores (FSMP). A condutância vascular dos membros posteriores (CVMP) foi determinada como a razão FSMP/PAM e expressa como percentagem do valor basal. A estimulação elétrica (EE; 150 MuA; 0,6 ms; 100 Hz; 6 s) do hipotálamo lateral provocou hipertensão, taquicardia e vasodilatação nos membros posteriores. A microinjeção bilateral de suramin (100 pmol/50 nl), um antagonista não específico de receptores P2x no NTS, reduziu a vasodilatação nos membros posteriores durante a EE do hipotálamo (173±19,0 vs 28±14,1% do basal) sem alterar as respostas pressora e taquicárdica. A microinjeção do agonista P2x alpha, beta-methylene ATP (100 pmol/50 nl) no NTS produziu hipotensão, bradicardia e vasodilatação dos membros posteriores. A microinjeção de suramin (100 pmol/50 nl) bloqueou a vasodilatação muscular (76±15,2 vs 9±2,1% do basal) e a hipotensão (-47±4,5 vs -6±2,0 mmHg). A microinjeção de ácido quinurênico (4 nmol/50 nl), um antagonista glutamatérgico ionotrópico não seletivo no NTS bloqueou, de forma semelhante ao suramin, a vasodilatação durante a EE do hipotálamo (134±21,5 vs 27±12,7% do basal) sem alterar as respostas pressora ou taquicárdica. O bloqueio bilateral no RVL com microinjeções de ácido quinurênico reduziu intensamente a resposta hipotensora (-60±6,1 vs -9±3,7 mmHg) e vasodilatadora (126±16,9 vs 17±4,6% do basal) provocada pelas microinjeções de alpha, beta-methylene ATP (100 pmol/50 nl) no NTS. O agonista purinérgico A2a, CGS21680 (20 pmol/50 nl) no NTS, evocou hipotensão, bradicardia e vasodilatação muscular de longa duração. O bloqueio do RVL com ácido quinurênico (4 nmol/50 nl) reduziu a hipotensão (- 41±4,7 vs -7±1,9 mmHg), a bradicardia (-33±9 vs -10±3,1 bpm) e a vasodilatação nos membros posteriores (81±5,6 vs 8±1,5% do basal). Estes resultados sugerem que a vasodilatação muscular nas repostas de defesa depende da ativação de receptores P2x e receptores glutamatérgicos no NTS. Ajustes cardiovasculares por ativação dos receptores purinérgicos P2x e A2a no NTS provocam vasodilatação muscular que depende da liberação de glutamato no RVL, provavelmente ativando interneurônios inibitórios ali presentes.