Lactonas sesquiterpênicas e flavonas de Lapidia apicifolia Roque & S.C. Ferreira (Asteraceae): atividades citotóxica e fitotóxica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Marcos Lorenzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-22032023-160358/
Resumo: A diversidade química de Asteraceae é apontada como um dos fatores responsáveis pelo seu sucesso evolutivo e adaptativo, e os metabólitos produzidos apresentam diversas bioatividades. Na família, a tribo Eupatorieae possui elevado grau de endemismo e a maior diversidade de espécies no Brasil. Entre essas espécies, Lapidia apicifolia, espécie endêmica da Chapada Diamantina que foi recentemente descrita em literatura, não apresenta estudos sobre os metabólitos produzidos. Nesse trabalho é relatada a composição química da superfície foliar de L. apicifolia e avaliada as atividades citotóxica e fitotóxica das fases de partição e substâncias isoladas. A partir do estudo das fases solúvel e insolúvel em metanol do extrato em diclorometano da superfície foliar de L. apicifolia foram identificadas 24 substâncias, incluindo cinco n-alcanos, três álcoois primários, sete ácidos graxos, um triterpeno, dois esteroides, cinco flavonas metoxiladas (cirsimaritina, eupafolina, eupatilina, hispidulina e jaceosidina), e uma lactona sesquiterpênica inédita de esqueleto germacranolídeo denominada de lapidiolídeo. No ensaio citotóxico grupos obtidos da fase metanólica e o lapidiolídeo apresentaram citotoxicidade superior a 70% na concentração de 10 μg.mL-1. No ensaio fitotóxico a fase insolúvel em metanol apresentou atividade estimulante do crescimento das raízes de Lactuca sativa e Solanum lycopersicum e atividade inibitória do crescimento dos caules de L. sativa, S. lycopersicum e Urochloa decumbens nas maiores concentrações. Por outro lado, a fase solúvel em metanol foi a principal relacionada com os efeitos inibitórios de caules e raízes observados para todas as espécies. A lactona lapidiolídeo demonstrou elevada inibição de modo dose-dependente sobre o crescimento radicular de Bidens pilosa L. Por fim, as substâncias isoladas de Lapidia apicifolia e os ensaios realizados permitiram o avanço do conhecimento sobre a quimiodiversidade e bioatividades de espécies de Eupatorieae contribuindo, assim, para o maior conhecimento das asteraceaes brasileiras.