Relação família-escola: processos de produção de subjetividades

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Ferreira, Laís Pimenta
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Educação; Education; Esquizoanálise; Psicologia escolar; Relação família escola; Schizoanalysis; School family relationship; School psychology
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59142/tde-09122019-143956/

A literatura aponta que manter boas relações entre a escola e a família pode maximizar as condições para um melhor aprendizado e desenvolvimento da criança e enfatizam a necessidade de uma integração mais efetiva entre estas duas instituições, respeitando as peculiaridades de cada uma. Enfatiza-se ainda a necessidade da implementação de pesquisas que levem em conta as inter-relações entre as duas instituições. O objetivo desta pesquisa foi investigar os processos de produção de subjetividades que atravessam as protagonistas da relação família-escola, no Ensino Fundamental. Os participantes foram nove professores e nove mães de alunos da primeira etapa do Ensino Fundamental de nove escolas municipais públicas, distribuídas nas regiões de uma cidade no interior do Estado de São Paulo. Em cada escola foi entrevistada uma professora e uma mãe. Os relatos das entrevistadas foram gravados em áudio e foram submetidos à análise e interpretação, baseados nos princípios da Cartografia. Passos, Kastrup e Tedesco (2016) apontam que toda pesquisa é intervenção e esta sempre se realiza por um mergulho na experiência que agencia sujeito e objeto, teoria e prática, num mesmo plano de produção. Neste sentido, os autores apresentam a Cartografia como um método de investigação, formulado por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1985), que visa acompanhar processos e não representar objetos, ou seja, trata-se sempre de investigar um processo de produção. Os resultados foram apresentados em duas partes. Primeiro os casos das professoras e depois os casos das mães entrevistadas. Considerando-se a abordagem metodológica, os dados foram analisados buscando as singularidades, as participações foram sumarizadas sob cada um dos temas propostos como orientadores das entrevistas. Procurou-se extrair de cada entrevista vivências e processualidades. Devido à importância do tema relação família escola ser ainda estratificado e rotulado na cultua hegemônica, reitera-se a importância e contribuição deste estudo para que políticas públicas sejam engajadas a partir da visão de quem vivencia estas questões diariamente, como pais e professoras. Reitera-se ainda a necessidade de que a formação de professores englobe questões como as novas concepções de parceria visando as demandas das famílias sob o ponto de vista delas próprias; este estudo evidencia também a importância e a contribuição que a psicologia escolar deve exercer no contexto escolar público.