Impacto da sedação intermitente ou interrupção diária da sedação em pacientes sob ventilação mecânica 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nassar Junior, Antonio Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-14122015-155846/
Resumo: Introdução: Interrupção diária da sedação e sedação intermitente são efetivas na redução do tempo de ventilação mecânica. No entanto, a superioridade de uma em relação à outra não foi ainda determinada. Nosso objetivo foi comparar a interrupção diária da sedação e a sedação intermitente quanto à duração da ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva (UTI) com baixa densidade de pessoal de enfermagem. Métodos: Pacientes adultos com expectativa de permanecerem por mais de 24h em ventilação mecânica foram randomizados, em um centro único, à interrupção diária da infusão de sedativos e opioides ou à sedação intermitente. Em ambos os casos, o objetivo era manter os pacientes em nível de SAS (Sedation Agitation Scale) 3 ou 4, ou seja, os pacientes deveriam estar calmos ou serem facilmente despertos com estímulo verbal ou leve sacudida. O desfecho primário foi número de dias livres da ventilação mecânica em 28 dias. Os desfechos secundários foram mortalidade na UTI e hospitalar, incidência de delirium, carga de trabalho da enfermagem, extubação acidental e stress psicológico seis meses após a alta da UTI. Resultados: Foram incluídos 60 pacientes. Não houve diferenças quanto ao número de dias livres em 28 dias entre interrupção diária da sedação e sedação intermitente (mediana: 24 vs. 25 dias, P = 0,160). Também não houve diferenças quanto à mortalidade na UTI (40 vs. 23,3%, P = 0,165) ou hospitalar (43,3 vs. 30%, P = 0,284), incidência de delirium (30 vs. 40%, p = 0,472), extubação acidental (3,3 vs. 6,7%, P = 0,514) e stress psicológico seis meses após a alta da UTI. A carga de trabalho de enfermagem não foi diferente entre os dois grupos, mas reduziu-se no quinto dia de internação na UTI em comparação com o primeiro dia [Nurse Activity Score (NAS) no grupo sedação intermitente foi 54 no dia 1vs. 39 no dia 5, P < 0.001; NAS no grupo interrupção diária da sedação foi 53 no dia 1 vs. 38 no dia 5, P < 0.001]. As dosagens de fentanil e midazolam por paciente foram maiores no grupo interrupção diária da sedação. O volume corrente foi maior no grupo sedação intermitente durante os primeiros cinco dias de internação na UTI. Conclusões: Não houve diferenças quanto ao número de dias livres de ventilação mecânica em 28 dias entre os grupos. Sedação intermitente associou-se a um menor uso de sedativos e opioides