Um arcebisbo em defesa do poder episcopal: as relações entre D. Frei Bartolomeu dos Mártires e o Santo Ofício português (1559-1582)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Juliana Torres Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-28062017-105931/
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar o projeto de Reforma da Igreja e governo episcopal levados a cabo por D. Frei Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga (1559-1582), bem como seus conflitos com as demais autoridades que poderiam interferir em sua jurisdição dentro da Arquidiocese: o Cabido da Sé, a Coroa, e, principalmente, o Tribunal do Santo Ofício português. Em 1559, Bartolomeu dos Mártires (O.P) tornou-se a cabeça da mais importante diocese do Reino e desenvolveu ali um modelo alternativo para lidar com delitos religiosos. Durante seu governo sobre Braga, ele parece ter tido uma relação complicada com qualquer instituição que desafiasse sua autoridade. Tal postura difere do que se costuma afirmar como o padrão das conexões entre bispos e o Santo Ofício, geralmente caracterizada pela complacência e cooperação. Através de seus escritos, sua ação no Concílio de Trento, e especialmente a forma como regia sua arquidiocese, colidindo com poderes de diversas ordens para assegurar a afirmação de sua jurisdição, Frei Bartolomeu dos Mártires tornou-se uma personagem distinta que pode ser de grande ajuda para que se entenda a concepção distinta de Reforma da Igreja que motivou o episcopado tridentino.