Comportamento temporal do consumo de oxigênio em esforços intermitentes supramáximos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Matsushigue, Karin Ayumi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-22112024-105913/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo caracterizar e observar a influência da intensidade e da duração do período de esforço e pausa do exercício sobre a resposta temporal do consumo de oxigênio (VO2) em exercícios intermitentes supramáximos. Para isso, 16 indivíduos masculinos realizaram três tipos de testes em cicloergômetro: a) um teste progressivo (TP); b) ao menos dois testes contínuos de carga constante, até a exaustão (TCEx) ou de duração predeterminada (TC) e c) dois tipos de exercícios intermitentes (TI), que consistiram de dez blocos com períodos de esforço intercalados com pausa passiva. As características de duração e intensidade dos testes TCEx, TC e TI foram definidos de acordo com o grupo. O Grupo A realizou o TCEx a 110% (TCEx110%) e 130% (TCEx130%) da carga máxima, o TC com duração de 30 s a 110% (TC30110%) e 130% (TC30130%) e o TI com 30 s de esforço e 30 s de pausa, na intensidade de 110% (TI30:30 110%) e na intensidade de 130% (TI30:30 130%). Grupo B realizou o TCEx110%, o TC30110%, o TI30:30 110% e outro tipo de TI, com 30 s de esforço e 60 s de pausa, a 110% (TI30:60 110%), ao passo que o Grupo C realizou o TCEx110%, o TC30110% e outro TC com duração de 40 s (TC40110%), o TI30:30 110% e outro tipo de TI, com 40 s de esforço e 40 s de pausa a 110% (TI40:40 110%). As constantes de tempo do TCEx110% e TCEx130% não se diferenciaram significativamente. A resposta on do VO2, do TCEx e nos blocos do TI, apresentou dois componentes. A resposta off do VO2, nos períodos de pausa do TI, apresentou ao menos dois componentes, sendo visíveis três componentes no TI com 60 s de pausa. A taxa de aumento do VO2 do primeiro bloco de esforço foi, no geral, significativamente superior às taxas dos demais blocos, mas não se diferenciou entre os dois diferentes tipos de TI de cada grupo. As taxas de aumento do VO2 do segundo ao décimo blocos de esforço não foram diferentes entre si, mas foram diferentes, de maneira genérica, ao outro tipo de TI realizado pelo mesmo grupo, sendo maior, no TI30:30 130% para o Grupo A, no TI30:60 110% para o Grupo B e no TI40:40 110% para o Grupo C. O pico de VO2 de cada bloco apresentou aumento gradual nos blocos iniciais e posterior estabilização, sendo o valor de estabilização maior, no TI30:30 130% para o Grupo A, no TI30:30 110% para o Grupo B e no TI40:40 110% para o Grupo C. Os resultados foram coerentes com a hipótese de limitação no aumento do VO2 ao início do primeiro bloco de esforço, porém a característica das taxas de aumento do VO2 dos demais blocos apontou que outros fatores devem, provavelmente, estar influenciando a resposta de aumento do VO2 nos demais blocos de esforço, além dos fatores que determinam a limitação. Conclui-se que a característica do exercício intermitente influenciou as taxas de aumento do VO2 a partir do segundo bloco de esforço e o valor de estabilização do VO2