Efeitos das drogas antiinflamatórias não-estereoidais sobre o epitélio bucal e a capacidade de cicatrização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nakao, Cristiano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58137/tde-29102008-173915/
Resumo: Antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) são muito utilizados para o alívio da dor. Estudos indicam que 1 em 7 pacientes com doenças inflamatórias crônicas usam AINEs e que 1 em 5 pessoas usam AINEs para dores agudas. Os AINEs inibem a cicloxigenase (COX-1 e COX-2) ou seletivamente a COX-2, e apesar de sua excelente ação antiinflamatória e analgésica, muitos são os efeitos colaterais. Problemas gastrointestinais (GI) são a queixa mais comum para os AINEs convencionais, que também são associados a apoptose de diferentes tipos celulares. Os COX-2 seletivos apresentam menos problemas GI, mas seu uso tem sido questionado pelo risco de trombose e enfarto do miocárdio. Todos os AINEs parecem interferir no processo de cicatrização, embora os resultados dos estudos realizados apresentem-se conflitantes. Uma vez que os AINEs são utilizados por grande número de pessoas, o objetivo do nosso trabalho foi avaliar os efeitos dessa medicação sobre o tecido epitelial e durante o processo de cicatrização. Ratos Wistar foram tratados diariamente com AINEs convencional (diclofenaco, 3mg/Kg) ou um COX-2 seletivo (Celecoxibe, 1mg/Kg) por períodos de 7 e 14 dias. O controle foi feito com animais da mesma idade e peso não submetidos ao tratamento com AINEs. Após 7 dias, em todos os animais, controles e tratados, foram realizadas feridas cirúrgicas (4cm de diâmetro) no dorso depilado, sob anestesia com Tribromoetanol. Foram analisados, histológica e histometricamente, os epitélios da mucosa bucal, e a área de cicatrização (3 e 7 dias pós-cirurgia). Os resultados obtidos foram tabelados para avaliação estatística apropriada. No geral foi possível observar que todos os AINEs provocaram alterações com o seu uso agudo, no entanto para os inibidores seletivos da COX- 2 houve uma tendência à normalização com o uso crônico, não observada com o uso do AINE convencional. Na avaliação da cicatrização foi possível observar que os AINEs convencionais provocaram um pequeno atraso no processo de cicatrização, o que não foi observado com o uso de AINE seletivo para COX-2. Foi possível concluir que é necessário cautela em pacientes que fazem uso de AINEs, por provocarem alterações significativas no epitélio bucal, sendo os convencionais os que apresentam alterações mais significativas principalmente a longo prazo