Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Assunção, Renata Almeida de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-25032009-154120/
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Resumo: |
O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos clínicos epidemiológicos, as principais complicações maternas e os resultados perinatais nas gestações gemelares. Foi realizado estudo retrospectivo com análise de gestações gemelares, com idade gestacional maior que 20 semanas e parto no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2006. Das 303 gestações gemelares, 289 apresentavam dados completos. A incidência de gestação gemelar foi de 3,3% e 96,2% naturalmente concebidas. Em relação à corionicidade, 60,5% eram dicoriônicas (DC), 30,8% monocoriônicas diamnióticas (MCDA), 6,6% monocoriônicas monoamnióticas (MCMA) e em 2,1% dos casos a corionicidade não foi determinada. A idade materna média foi de 29,1 anos e 39,4% eram nulíparas. Cerca de 30% das pacientes apresentavam patologia clínica prévia e as mais prevalentes foram: hipertensão arterial crônica (12,5%), cardiopatias (4,8%) e pneumopatias (4,5%). Complicações gestacionais foram observadas em 85,1% dos casos, sendo as principais: parto prematuro (65,7%), doença hipertensiva específica da gestação (15,6%) e rotura prematura de membranas (13,5%). Ocorreram 395 internações e tempo médio de internação de 6,1 dias. Dessas, 45,8% foram para resolução da gestação por trabalho de parto ou por indicação materno-fetal. A idade gestacional média no parto foi de 34,6 semanas, significativamente menor nas gestações monocoriônicas (MC) do que nas DC (33,5 versus 35,4 semanas, p< 0,001). A via de parto mais freqüente foi à cesárea (84,8%). Dos 578 produtos conceptuais, três eram acárdicos (0,5%), 35 natimortos (6,0%) e 540 nativivos (93,5%). A proporção de óbitos durante a internação no berçário foi de 11,5%, sendo 2,8 vezes maior nas gestações MC em relação às DC. As complicações neonatais mais freqüentes foram: prematuridade (65,7%), baixo peso ao nascer (71,8), restrição do crescimento fetal (18,7%) e as malformações (13,6%). Todos esses parâmetros apresentaram resultado significativamente piores para os recém-nascidos das gestações MC em relação às DC. No presente estudo, concluiu-se que, as gestações gemelares apresentam elevada incidência de complicações maternas, principalmente relacionadas ao parto prematuro, hipertensão arterial sistêmica e rotura prematura de membranas. O resultado perinatal adverso esteve relacionado à prematuridade, malformações e às complicações inerentes à monocorionicidade. A taxa de sobrevida nas gestações gemelares DC e MC sem malformações ou síndrome da transfusão feto-fetal é semelhante |