A importância das várzeas urbanas para a ictiofauna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Stefani, Marta Severino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-24112022-120800/
Resumo: As várzeas são ambientes de grande importância para a manutenção da ictiofauna, pois funcionam como berçários naturais abrigando suas formas jovens e oferecendo recursos alimentares. Alterações nesses ecossistemas podem causar modificações na estrutura das assembleias de peixes, modificando a disponibilidade de recursos e a sua reprodução. A Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei Federal 12.651 de 25 de maio de 2012), conhecida como novo Código Florestal, não protege os ambientes de várzea, sendo que a área a ser protegida é contabilizada a partir da borda da calha do leito regular do rio, e não mais no leito maior do curso dágua, o que pode trazer sérias consequências para a manutenção das espécies de peixes. No caso das várzeas urbanas, as mesmas estão ainda mais susceptíveis à ocupação e exploração, justamente por estarem dentro das cidades, justificando a necessidade de serem inventariadas e caracterizadas para que possam se propor medidas para sua proteção e conservação. No presente trabalho foi feita a caracterização ambiental e da ictiofauna em sete trechos urbanos do rio Sorocaba e em sete várzeas correspondentes. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as várzeas urbanas em relação à ictiofauna e fazer uma comparação entre a comunidade de peixes presente nas várzeas e no rio. Foi constatada a presença de 32 espécies de peixes, sendo 22 espécies coletadas no rio e 28 coletadas nas várzeas. Os peixes coletados estão distribuídos em 32 espécies, 6 ordens e 13 famílias, sendo Characiformes e Siluriformes as ordens mais representativas. Apesar dos ambientes analisados apresentarem alto grau de antropização, pode- se considerar que o número de espécies encontradas é relevante tratando-se especificamente de áreas urbanas e levando em consideração o que já foi inventariado anteriormente para o rio Sorocaba. De acordo com os parâmetros ambientais analisados, as várzeas amostradas encontram-se em boas condições, sendo que as que estão mais distantes da área urbana são as que apresentam uma maior riqueza de espécies de peixes. Como já era esperado, há uma maior quantidade de espécies de peixes nas várzeas, por apresentarem uma maior disponibilidade de hábitats e recursos e por estarem menos sujeitas à eventuais alterações que o rio possa sofrer, como por exemplo, interferências vindas de outros municípios.