Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Klein, Ana Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-10082011-141814/
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Resumo: |
O presente estudo investiga a percepção dos(as) estudantes do Ensino Médio sobre a contribuição que as experiências escolares podem trazer aos seus projetos de vida. Tomamos por referência o conceito de projetos vitais formulado por Damon, adotando a perspectiva da psicologia positiva (Seligman & Csikszentmihalyi). Partimos da concepção de que projetos que orientam a vida das pessoas são elementos centrais à humanidade e podem contribuir tanto para a satisfação pessoal como para fins coletivos. Entendemos que a juventude é um período relevante para a identificação de tais projetos, dada a necessidade do(a) jovem de projetar seu futuro e de escolher caminhos a serem percorridos na vida adulta. Buscamos compreender a complexidade desta fase da vida a partir da visão de alguns autores relacionados à psicologia (Inhelder & Piaget, Erikson, Damon) e à sociologia (Mannheim, Eisenstadt). Dada a função formativa da escola, à diversidade de experiências que propicia aos(às) estudantes e ao tempo que esses passam em seu interior, esta instituição torna-se potencialmente favorável à identificação de projetos de vida. O conceito de experiências escolares tem por base o trabalho de Dewey. Optamos por uma abordagem positiva do tema, ou seja, vamos nos deter nos elementos que contribuem para o desenvolvimento de projetos de vida. O plano de investigação traz os dados de uma pesquisa realizada com 305 estudantes do primeiro e segundo anos do Ensino Médio oriundos das redes pública e particular da cidade de São Paulo. A pesquisa, ao buscar a percepção dos sujeitos, adota uma abordagem qualitativa do problema, mas faz uso, também, de procedimentos quantitativos para alcançar seus objetivos. O conceito de projetos vitais pressupõe a investigação de diferentes elementos como objetivos e metas de vida, ações, percepção do sentido da vida e preocupação com o futuro. Para tanto, foi utilizado um instrumento com questões fechadas em uma escala do tipo Likert e questões abertas destinadas à identificação da contribuição da escola aos projetos de vida sob a ótica dos sujeitos envolvidos. A análise dos dados indica que a maioria dos(as) jovens têm projetos de vida econômicos ou hedonistas que se combinam com valores e objetivos de vida familiares, pró-sociais, religiosos, dentre outros. Os dados evidenciam que quase a totalidade dos(as) jovens consideram objetivos políticos sem importância para as suas vidas. A escola é percebida positivamente, 81% dos(as) participantes consideram que ela contribui para seus projetos de vida, principalmente por meio das disciplinas curriculares que têm seu significado associado ao futuro, à formação para o trabalho e ao vestibular. Dados relacionados à representação estudantil e atuação protagonista dos(as) estudantes revelam percentuais muito baixos de vivência desse tipo de experiência. Dentre as justificativas atribuídas às contribuições das experiências escolares detectamos significados que: são auto-centrados, incorporam o outro por meio de relações interpessoais e consideram interesses e causas coletivas. Os dados mostram que valores, objetivos de vida e significados atribuídos à escola combinam-se de maneiras diversas, evidenciando a complexidade que envolve a adoção de um projetos de vida. |