Variação da densidade básica da madeira de Eucalvptus propínqua Deane ex Maiden em função do local e do espaçamento.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1972
Autor(a) principal: Brasil, Maria Aparecida Mourão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20240301-154323/
Resumo: Um plano de pesquisa tendo por objetivo estudar as variações da densidade básica da madeira de Eucalyptus propinqua Deane ex Maiden foi desenvolvido utilizando-se amostras de madeira de arvores de 5 anos de idade. As árvores eram provenientes de um mesmo lote de sementes e faziam parte de um ensaio em blocos casualizados sob dois espaçamentos, 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m nos municípios de Itupeva e Mogi Guaçu do Estado de São Paulo, duas regiões com condições ecológicas diferentes. Para os estudos foram utilizadas 80 árvores de Itupeva e 60 de Mogi Guaçu, das quais coletamos dados de altura totais, comerciais e DAP. De cada árvore foram retiradas de 2,0 em 2,0m e ao nível do DAP, secções transversais para determinações da densidade básica média pelo método da balança hidrostática. Com base nas discussões pudemos chegar às seguintes conclusões: 1) A altura total e os diâmetros ao nível de 1,30m do solo para o Euçalyptus propínqua Deane ex Maiden aos 5 anos de idade não sofreram influência dos espaçamentos nas duas localidades e consideradas. As médias obtidas para altura foram 18,82 ± 0,23m e 18,83 ± 0,23m em Itupeva e 15,55 ± 0,23m e 16,01 ± 0,23m em Mogi Guaçu, respectivamente para os espaçamentos 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m. As médias para DAP foram 10,90 ± 0,23cm e 11,80 ± 0,23cm e 8,78 ± 0,23cm e 8,82 ± 0,23cm, respectivamente para os espaçamentos 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m em Itupeva e Mogi Guaçu. 2) A altura total média e os DAP médios foram maiores na região de Itupeva. Os valores assumidos para altura total média e DAP foram 18,83 ± 0,23m e 11,35 ± 0,23cm em Itupeva e 15,78 ± 0,23m e 8,80 ± 0,23 cm em Mogi Guaçu. 3) A densidade básica média ao nível do DAP não sofreu influência dos espaçamentos nas duas regiões. Em Itupeva as médias obtidas foram 0,546 ± 0,004 g/cm3 e 0,451 ± 0,004 6/cm3 e em Mogi Guaçu 0,618 ± 0,004 g/cm3 e 0,630 ± 0,004 g/cm3 nos espaçamentos de 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m. 4) A densidade básica média sofreu influência das localidades estudadas. As árvores da região de Itupeva, que tiveram maior ritmo de crescimento, apresentaram menor densidade básica média de 0,544 ± 0,004 g/cm3. Em Mogi Guaçu o valor encontrado foi 0,624 ± 0,004 g/cm3. 5) Não houve correlação entre as alturas totais e as densidades básicas ao nível do DAP nas duas regiões. 6) A densidade básica sofreu efeito quadrático em relação às classes de alturas estudadas nos dois locais. A densidade cresce até um ponto de máximo próximo ao meio da árvore e depois decresce. 7) O ponto de máxima densidade talvez possa ser atribuído à formação de madeira de reação, pois nesse ponto as tensões atuantes resultantes da força do vento, são máximas. 8) Não houve correlação entre os DAP e as densidades básicas médias dentro das duas localidades. As variações genotípicas dentro do mesmo local, foram tão grandes que mascararam o efeito do ritmo de crescimento. 9) As amostras de madeira da secção transversal do tronco de Eucalyptus propínqua Deane ex Maiden retirada ao nível do DAP podem estimar a densidade básica média da árvore. As equações que possibilitam essas estimativas, nos dois locais, são; Local – Itupeva: Y = 0,0914 + 0,84470 X Local – Mogi Guaçu: Y = 0,0731 + 0,8903 X onde Y densidade básica média da arvore, (g/cm3) X = densidade básica média ao nível do DAP (g/cm3). 10) Os resultados obtidos mostraram que a avaliação da produtividade de um povoamento, para fins comparativos, não deve ser feita somente com base em crescimento volumétrico, mas em peso de material produzido. 11) A variação da densidade básica entre árvores do mesmo local e de locais diferentes é grande, o que sugere que os melhoramentos florestais por seleção devam ser realizados nas próprias regiões de plantio.