A sinalização de STING induz imunidade inata e adaptativa protetoras contra a infecção pelo Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vieira, Raquel de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-14012022-162330/
Resumo: A doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que cerca de 1,2 milhão de pessoas estão infectadas por esse parasita no Brasil. A infecção pelo T. cruzi é marcada pela indução de IFN do tipo I e citocinas pró-inflamatórias. Dados da literatura apontam que uma via de reconhecimento do parasita dependente de TBK-1 e IRF3 é fundamental para a indução de IFN- em células infectadas. Entretanto, os mecanismos ainda não são totalmente esclarecidos. Dessa forma, neste trabalho investigamos a participação da proteína STING na resposta inata e adaptativa ao T. cruzi, dada sua íntima interação com TBK-1 e IRF3. Nós demonstramos que a sinalização de STING é necessária para a produção de IFN-, IL-6 e IL-12 em resposta à infecção pela cepa Y do Trypanosoma cruzi em macrófagos. Demonstramos também que a infecção celular é necessária para ativar a sinalização de STING e que STING é essencial para a ativação imune mediada pelo DNA do parasita. Além disso, nossos resultados revelaram que a sinalização de STING promove uma ativação mais intensa da resposta imune inata e que a deficiência de STING resulta em um menor número de linfócitos T CD8+ produtores de IFN- ou da combinação IFN- /perforina contra o parasita no baço dos animais infectados. Observamos também que embora o infiltrado inflamatório no coração dos animais infectados tenha sido semelhante, a expressão de genes relacionados à proteção imune contra a infecção aguda pelo parasita foi menor na ausência de STING. Por fim, demonstramos que animais deficientes para STING apresentam maior parasitemia durante todo o curso da infecção aguda, além de apresentarem maior parasitismo no coração. Portanto, acreditamos que nosso trabalho traz uma contribuição importante para o entendimento da imunopatologia da infecção pelo Trypanosoma cruzi ao desvendar um novo mecanismo molecular envolvido na indução de respostas imunes inata e adaptativa contra o parasita