Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Paiva, André Ricardo Noborikawa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-26042013-100518/
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Resumo: |
O presente trabalho analisa a evolução do diferencial de rendimentos entre os empregados no setor agrícola brasileiro, no período entre 1995 e 2009. Utilizando-se dos microdados da PNAD disponibilizados pelo IBGE, são estimadas cinco equações de rendimento como forma de verificar quais os determinantes do rendimento no setor, considerando-se idade, nível de escolaridade, situação censitária, região, atividade, entre outras variáveis. Também são consideradas interações entre região e atividade como forma de identificar o efeito de cada atividade dentro de uma mesma região e entre regiões. Os dois primeiros modelos permitem constatar que o nível educacional é um determinante significativo para a formação do rendimento no setor, o qual passa a ser intensificado a partir dos dez anos de escolaridade. Houve, entretanto, redução do retorno do rendimento à escolaridade, o que corrobora a convexidade do rendimento à educação verificada para outros setores. As horas trabalhadas também mostraram-se um fator significativo para a formação do rendimento do trabalho no setor. Verifica-se ainda um efeito regional significativo, o que está associado aos diferentes níveis de desenvolvimento de atividades agropecuárias entre as regiões. Já os coeficientes associados à cor do indivíduo indicaram que tal variável não apresenta um efeito relevante para a formação dos rendimentos no setor, diferentemente do que ocorre em outros setores. Um aspecto importante foi apresentado pelos coeficientes associados aos indivíduos de cor preta, os quais indicaram que, apesar de existir um diferencial negativo em relação aos indivíduos brancos, tal diferencial mostrou-se inferior ao verificado para a população brasileira em geral. Assim, pode-se afirmar que a diferenciação em termos de cor no setor agrícola não é tão intensa quanto a dos demais setores da economia, sendo o efeito inferior ao verificado no meio urbano. Já os resultados associados ao gênero apontaram para um diferencial positivo de rendimento dos indivíduos do sexo masculino inferior ao verificado para a economia como um todo, o que é um indício de que o gênero é uma característica mais fortemente observada no mercado de trabalho não agrícola. Considerando-se as atividades constata-se que o rendimento associado ao cultivo de milho é, em média, inferior ao obtido nas outras atividades agropecuárias, ao passo que para as atividades cultivo de soja e de cana-de-açúcar constata-se um diferencial positivo. Os resultados associados ao terceiro e ao quarto modelos indicam que a introdução de interações entre região e atividade não altera de maneira significativa os coeficientes das variáveis consideradas nos modelos anteriores. Verifica-se em termos intrarregionais um diferencial predominantemente negativo de rendimentos associado ao cultivo de milho, comportamento contrário ao verificado para o cultivo de soja. Já para o cultivo de cana-de-açúcar constata-se um comportamento distinto entre as regiões, o que ocorre também no caso da criação de bovinos. Já em termos interregionais constata-se um diferencial negativo associado ao cultivo de milho para todas as regiões, considerando-se como base de comparação tal cultivo na região Centro-Oeste, sendo que.as demais atividades apresentam um comportamento distinto entre as regiões. Por fim, o quinto modelo permite verificar que há um efeito significativo sobre o rendimento decorrente da conclusão de cada nível completo de escolaridade. |