O marranismo e a poesia de João Pinto Delgado, autor de \'À saída de Lisboa\'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bacci, André Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-13042017-083855/
Resumo: O presente trabalho configura uma abordagem de um subtipo do corpus da literatura da diáspora sefaradita ocidental. Trata-se de obras escritas em espanhol e português por autores de origem judia, mas que viveram como cristãos nominais por duas ou mais gerações, em função da perseguição inquisitorial. Uma vez reinseridos no judaísmo, teria sido imperativo aos ditos conversos ressignificar sua identidade. Para o fazerem, estes se serviram, entre outros instrumentos, da literatura. Neste sentido, o poema A La Salida de Lisboa, escrito em espanhol na Holanda do século XVII pelo português João Pinto Delgado, teria constituído uma ferramenta na busca pela reconstrução da identidade judaica do autor, como de seus pares. Tal reconstrução não se daria sem que fossem eliciados elementos próprios à cultura ibérica inquisitorial, incluindo as noções de nobreza e pureza de sangue, identificáveis na obra.