A condição da fragilidade e dificuldade de acesso/uso aos serviços de saúde pelos idosos no Estudo SABE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Kavata, Geórgia Pereira Silveira Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-15052024-141851/
Resumo: A fragilidade e a dificuldade de acesso/uso aos serviços de saúde são condições importantes de serem estudadas, na medida em que impactam na morbimortalidade e podem nortear as ações de saúde com enfoque preventivo, mais eficiente e com mais equidade. Objetivos: Conhecer a prevalência e os fatores associados à fragilidade e à dificuldade de acesso/uso pelos idosos residentes no município de São Paulo segundo as variáveis de predisposição, capacitação e necessidade de saúde conforme modelo de Andersen. Método: Estudo transversal, que utilizou a base de dados do Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento da coorte de 2015. As variáveis dependentes foram fragilidade e dificuldades de acesso/uso aos serviços de saúde. Para analisar a fragilidade, os idosos foram categorizados em não frágeis, pré-frágeis e frágeis. Já para a variável dicotômica dificuldade de acesso/uso os idosos foram categorizados em com ou sem dificuldades. A análise dos fatores associados a ambas as condições foram baseadas no modelo de Andersen com três blocos hierarquizados subdivididos em grupos conforme características das variáveis. Para estimar a associação entre as variáveis fragilidade e dificuldade de acesso/uso com as variáveis independentes foi utilizado modelo de regressão bivariado. Após, foi aplicado o modelo multivariado, no qual, para a variável fragilidade utilizou-se a regressão logística multinomial e para dificuldade de acesso/uso utilizou-se a logística binomial. Resultados: Foram avaliados 1.224 idosos com idade de 60 anos ou mais. A prevalência da fragilidade foi de 8% e suas variáveis associadas foram: idade; religião; não realiza atividade física; sem dificuldade de usar transporte; sem seguro social; não ter satisfação com a vida; necessitou de internação então não foi; tipo de profissional responsável pelo atendimento; grau de satisfação com a saúde; doenças como cardiovasculares e osteoarticulares; dificuldades em atividades básicas e instrumentais da vida diária. A prevalência das dificuldades de acesso/uso foi de 37% e suas variáveis associadas foram: idade; estado civil; nível de escolaridade; renda; religião; não costuma ou não tem dificuldade em usar transporte; sem seguro social e etilismo nos últimos 3 meses. Conclusão: Nossos resultados apontam que a maioria dos determinantes para a fragilidade estava elencadas nos três blocos do modelo de Andersen. Já os determinantes para a dificuldade de acesso/uso dos serviços de saúde foram as características agrupadas somente nos blocos de fatores predisponentes e capacitantes. Conhecer essas associações auxilia na implementação de políticas públicas no contexto das reais demandas e necessidades de saúde dos idosos visando minorar ou resolver os impactos desses processos que, quando em curso, comprometem a saúde e qualidade de vida deles.