O uso e acesso aos serviços de saúde entre idosos com indicativo de depressão residentes em um município mineiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Grazielle Riceto Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/747
Resumo: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, o Brasil vive uma transição demográfica acelerada e, consequentemente o perfil epidemiológico do país está em constante mudança. Com isso, há o aumento nas demandas por serviços de saúde devido a maior procura pelos indivíduos idosos. As doenças mentais estão entre as doenças crônicas não transmissíveis que mais diretamente causam incapacidade e pioram a qualidade de vida, com grande impacto também para os familiares. A depressão é o transtorno de humor mais frequente entre os idosos. Nesta perspectiva, este estudo se justifica, visto a limitação de investigações que relacionem o acesso e à utilização de serviços de saúde entre idosos com indicativo de depressão (ID), a fim de aprofundar as discussões sobre o tema, angariando informações pertinentes com o contexto citado. Esta pesquisa objetivou verificar a associação do indicativo de depressão com o uso e acesso dos serviços de saúde em idosos residentes em um município mineiro. Estudo com abordagem quantitativa, tipo inquérito domiciliar, analítico, transversal e observacional, desenvolvido com 580 idosos na área urbana do município de Uberaba, estado de Minas Gerais. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame de Estado Mental, caracterização dos dados sociodemográficos, acesso e utilização dos serviços de saúde, indicativo de depressão, uso de álcool (frequência, tipo de bebida ingerida e dependência), polifarmácia e morbidades autorreferidas. Formaram-se dois grupos: idosos com e sem indicativo de depressão. Os dados foram analisados segundo estatística descritiva e análise bivariada empregando-se medidas de associação em tabelas de contingência (qui-quadrado, razões de prevalências e razões de chances de prevalência) para as variáveis categóricas. A análise ajustada incluiu a regressão logística binomial múltipla, considerando o Intervalo de Confiança (IC) de 95% e nível de significância de 5%. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da UFTM, protocolo nº 2.295.596. A prevalência de indicativo de depressão correspondeu a 25,5%. Observou-se que a maioria dos idosos eram do sexo feminino, em ambos os grupos, com ID (70,9%) esem ID (67,4%). Houve baixo percentual de idosos com provável abuso de álcool (7,24%), destaque para 5 ou mais morbidades (62,24%) e uso de 1 até 4 medicamentos (55,86%). As variáveis da análise bivariada preliminar para o uso e acesso do serviço de saúde, consolidou-se como fator associado ao acesso dos serviços de saúde, o uso de álcool (p=0,04). Ao que se refere aos outros indicadores do uso e acesso aos serviços de saúde com ID, nenhuma variável foi estatisticamente significante no modelo de regressão. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam subsidiar a implementação de estratégias voltadas à saúde dos idosos residentes na comunidade com enfoque para a depressão.