Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fassini, Priscila Giacomo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12012017-142403/
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Resumo: |
Introdução: A síndrome do intestino curto (SIC) representa um estado clínico de má absorção grave, e a gestão dietética de pacientes com SIC é extremamente desafiadora. Uma vez que o grau de desnutrição é frequentemente considerável, a intervenção dietética bem sucedida depende da estimativa mais exata possível das necessidades energéticas para prever as metas da terapia nutricional. Objetivo: Quantificar o gasto energético total (GET) em pacientes com SIC pelo método da água duplamente marcada (ADM). Materiais e Métodos: Neste estudo observacional, o GET foi mensurado pelo método da água duplamente marcada em 22 voluntários, 11 com SIC e 11 controles pareados por sexo, idade e IMC (grupo Controle). O GET foi estimado pela equação de Escott-Stump e a partir de acelerômetro, e foi comparado com o GET determinado pela ADM. O gasto energético em repouso (GER) foi mensurado por calorimetria indireta (CI) e comparado com o GER estimado pela equação de Harris e Benedict. O acelerômetro também foi utilizado para estabelecer o nível de atividade física. Resultados: Os participantes tinham idade (média ± DP) de 53 ± 8 anos. O GET medido por ADM foi significativamente menor no grupo SIC comparado ao grupo Controle (p < 0,01); no entanto, o GET estimado não diferiu significativamente entre os grupos. O GET medido foi significativamente maior do que o GET estimado por fórmula no grupo SIC, (respectivamente 1875 ± 276 e 1517 ± 175 kcal/dia, p < 0,01), assim como para o grupo Controle (2393 ± 445 e 1532 ± 178 kcal/dia, p < 0,01). No entanto, o GET medido foi significativamente menor do que o GET predito a partir do acelerômetro no grupo SIC (2075 ± 298 kcal/dia, p = 0,02), e não diferiu significativamente no grupo Controle (2207 ± 355 kcal/dia, p = 0,21). Não foram verificadas diferenças significantes entre o GER medido e predito para ambos, e entre os grupos. Conclusão: O GET medido em pacientes com SIC foi significativamente maior do que o GET estimado por fórmula, e foi menor quando comparado com os valores dos sujeitos controles. No entanto, o GET estimado a partir do acelerômetro, superestima o GET medido por ADM. As fórmulas atualmente utilizadas na prática clínica parecem subestimar as necessidades de energia de pacientes com SIC. Desta forma, adaptações da estimativa atual, aumentando as prescrições de ingestão energética nestes pacientes parecem ser adequadas para apoiar as necessidades diárias de energia e evitar a subnutrição. |