Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Marques, Lucas Lutero Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-11062021-154135/
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Resumo: |
Esta pesquisa analisa a produção discursiva da (socio)linguística sobre o ensino de gramática durante o período conhecido como Nova República, principalmente a primeira década do século XXI, tendo em vista a variação linguística e a questão da norma. O objetivo é compreender como se constituem esses discursos na sua relação com a escola e com as discussões sociopolíticas do período. O trabalho parte do pressuposto de que a pesquisa (socio)linguística é historicamente marcada pela relação que estabeleceu, nas suas escolhas empíricas, com projetos políticos durante sua formação no Brasil. O quadro teórico-metodológico para a análise está fundamentado nas reflexões de Ducrot (1987), Foucault (2008), Perelman & Olbrechts-Tyteca (2014) e Fiorin (2015); para discussões sobre o conceito de norma em Coseriu (1979), Faraco (2002) e Milroy (2011); para a história da (socio)linguística no Brasil em Guimarães (1996), Camacho (2013), Pagotto (2015) e Pietri (2003); para a história do Brasil em Schwarcz (2015); para a história da disciplina escolar Língua Portuguesa em Chervel (1990), Soares (2002), Pietri (2010), Hilsdorf (2015) e Razinni (2010). O corpus de análise é composto por Gramática na escola; Que gramática ensinar na escola? Norma e uso da Língua Portuguesa, de Neves (2019 [1990]; 2014 [2003]), Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística; Gramática pedagógica do português brasileiro, de Bagno (2007; 2011). Para se proceder com a análise, optou-se por trabalhar com os seguintes recortes temáticos: escola e sociedade; escola e Gramática (Tradicional) e escola e linguística. Os resultados da análise mostraram que os autores apresentam semelhanças, principalmente, na negação da escola como construtora de conhecimento e na proposta de substituição da Gramática Tradicional por outra de base empírica. Contudo, diferem quanto à postura que assumem: Neves trabalha no plano da conciliação entre Escola e linguística, enquanto Bagno assume postura radical de enfrentamento da cultura escolar como parte de projeto de militância política, com o que parece buscar associação à luta político-ideológica de viés progressista. Os resultados evidenciam forte relação com o contexto sociopolítico de publicação de suas obras, além de fornecerem índices da radicalização político-ideológica atual. |